Time que quer ser campeão não pode depender de um jogador, diz Robinho
O trauma de jogar sem Neymar, vivido pela seleção brasileira na Copa-2014, aparentemente, foi amenizado.
A Venezuela está longe, bem longe, de ser a tetracampeã Alemanha, mas o Brasil venceu por 2 a 1 neste domingo (21), em Santiago, e se classificou para as quartas de final da Copa América.
No sábado (27), o rival será o Paraguai, em Concepción –os paraguaios eliminaram o Brasil nessa mesma fase na Copa América em 2011.
Substituto de Neymar, o atacante Robinho afirmou que a seleção brasileira conseguiu superar a ausência do seu principal astro.
"O Neymar é um jogador que faz falta, mas um time que quer ser campeão não pode depender de apenas um jogador. Quem estiver fora tem que entrar e dar conta do recado", afirmou o atacante.
Editoria de Arte/Folhapress |
Veja os duelos das quartas da Copa América |
Houve pressão no final dos venezuelanos, que precisavam de um gol para se classificar, depois de Dunga retrancar o time colocando os quatro zagueiros convocados para o torneio em campo. Por pouco, não houve o empate.
Neymar havia ficado fora da semifinal da Copa do Mundo, machucado, quando os alemães impuseram a maior derrota da história da seleção (7 a 1). Ao contrário de Felipão, que optou pelo mais jovem atleta, Bernard, 21, Dunga apostou na experiência.
Robinho tem 31 anos, é o terceiro mais velho (Jefferson e Daniel Alves têm 32 anos), mas um currículo quase centenário na seleção. No grupo, é o que mais partidas fez com a camisa amarela, com 96.
Num dos primeiros toques de Robinho, aos 8 min, outro experiente jogador –que sofreu na Copa com a fama de desequilibrado– fez o gol que tranquilizou a seleção.
Thiago Silva, 30, completou de primeira escanteio cobrado pelo santista. Na comemoração, muitos palavrões de um jogador que iniciou a competição na reserva de David Luiz, sem a faixa de capitão e que andava cabisbaixo.
No esquema sem Neymar, Philippe Coutinho –outra novidade, na vaga de Fred– jogou aberto na esquerda, e Willian, na outra ponta.
Robinho recuava, quase como um armador, bem diferente do "rei das pedaladas" que iniciou a carreira em 2002, pelo Santos, e disputou as Copas de 2006 e 2010.
Com a vantagem, o Brasil pareceu preguiçoso, o que rendeu até vaias dos torcedores –a maioria, chilenos.
Um Willian que fazia uma partida horrível disparou pela esquerda, no começo do segundo tempo, e cruzou para Firmino marcar o segundo.
O placar fez Dunga testar opções não habituais. Colocou David Luiz como volante, no lugar de Coutinho. E Marquinhos, na vaga de Robinho, como lateral direito. O time terminou com seus quatro zagueiros em campo e Daniel Alves de ponta direita.
Não deu certo e a Venezuela, com Fedor, em rebote de falta, diminuiu e pressionou. Por sorte não veio o empate.
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