Ex-vice-presidente da Fifa declara-se inocente nos Estados Unidos
O ex-vice-presidente da Fifa Jeffrey Webb, extraditado da Suíça para os Estados Unidos pelo escândalo de corrupção na maior instituição do futebol, declarou-se inocente neste sábado (18) diante de uma corte federal em Nova York.
Esta é a primeira vez que o presidente da Concacaf se apresenta à Justiça americana desde a sua extradição da Suíça, na última quarta-feira (15).
Webb terá que pagar uma fiança de US$ 10 milhões (R$ 32 milhões) para ficar em liberdade.
O dirigente, uma das sete autoridades de alto escalão da Fifa que foram presas na Suíça por acusações norte-americanas de corrupção, deve entrar com uma apelação na Justiça.
Webb estava preso na Suíça desde o dia 27 de maio após uma operação surpresa da polícia suíça realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção.
Além de Webb, os outros seis cartolas presos são o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente e atual vice-presidente da CBF, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel.
Na última terça-feira (14), Marin foi ouvido por autoridades da Suíça pela primeira vez desde a sua detenção.
Segundo os advogados de Marin, ele foi questionado se sabia dos crimes que foi acusado. O dirigente respondeu que sim. Foram feitas outras 14 perguntas. Nenhuma delas sobre o mérito dos crimes.
A audiência é o primeiro passo para o processo de extradição para os Estados Unidos.
O brasileiro contestou o pedido da Justiça americana para que ele seja mandado pelas autoridades suíças para o país. Na audiência desta terça-feira, a defesa do brasileiro argumentou que não há provas na acusação feita contra ele.
Marin responde por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil.
A defesa do dirigente tem até o dia 28 de julho para apresentar uma defesa técnica contra a extradição. Os advogados afirmam que irão recorrer até a Suprema Corte da Suíça.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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