Trânsito no Rio sobrevive a interdições em teste do ciclismo para Olimpíada
Evento-teste para os Jogos Olímpicos em 2016, o Desafio Internacional de Ciclismo de Estrada foi realizado neste domingo (16) sem causar grandes transtornos na rotina dos cariocas. Houve problemas pontuais de trânsito em algumas vias da cidade, como a avenida Ayrton Senna, na Barra.
Mas, apesar dos 115 quilômetros de ruas interditados para a prova, o Rio não parou.
A competição de ciclismo representava o maior desafio à logística de trânsito na cidade do Rio desde o início dos eventos-teste. Itinerários de 107 linhas de ônibus também foram alterados.
Em pouco mais de quatro horas, os ciclistas percorreram 165 quilômetros em uma rota que passou por praias como Copacabana, Leblon e São Conrado, na zona sul, além de Barra, Recreio e Guaratiba, na zona oeste, e morros, como o Alto da Boa Vista e a Vista Chinesa.
Segundo o Centro de Operações Rio, no geral, o trânsito estava intenso, mas sem retenções. O órgão avalia a organização do tráfego como um sucesso. De acordo com o boletim publicado às 13h10, o ponto crítico era a autoestrada Lagoa-Barra, via de acesso da zona sul à Barra da Tijuca, onde o trânsito estava intenso, com retenções no sentido Barra, próximo ao acesso para a Estrada do Joá.
O Secretário Municipal de Transporte, Rafael Piciani, atribuiu o pouco trânsito à cooperação dos cariocas, que deixaram de sair de carro durante a prova.
FRANÇA FOI GRANDE VENCEDORA
Sessenta ciclistas de 15 países participaram da competição deste domingo, que foi a única oportunidade de percorrer parte do trajeto da prova de ciclismo de estrada antes da realização dos Jogos.
A prova de ciclismo na Olimpíada terá 260 quilômetros.
O pódio foi dominado pela França, com Alexis Vuillermoz em primeiro e Romain Bardet em terceiro. A segunda posição foi do belga Serge Pauwels.
O brasileiro mais bem colocado foi Kleber da Silva, que chegou em sétimo lugar.
DESAFIOS
Os atletas foram unânimes em avaliar o circuito como dois mais desafiadores dos últimos Jogos Olímpicos. O trecho montanhoso foi considerado o mais árduo.
"As subidas são duras e as descidas, tecnicamente difíceis", diz, Vuillermoz, o vencedor.
O belga Pauwels avaliou que os trechos com paralelepípedo precisam de ajustes pois atualmente o piso está desnivelado, e o asfalto carece de melhoras.
Outro desafio a ser superado pelos organizadores é o controle do público atrás das grades que separam a pista da competição da calçada. Durante a prova, pessoas foram vistas atravessando-a, às vezes segundos antes da passagem de atletas.
Apesar de ser uma prévia da prova olímpica, a competição despertou pouca curiosidade do público carioca.
"Um evento dessa importância podia ter mais gente assistindo. Pode ter sido a manifestação", comentou Carla Lobo, moradora de São Conrado, ponto de chegada dos atletas.
A prova de ciclismo mobilizou neste domingo 500 voluntários. Para estabelecer o corredor dos ciclistas, 25 mil grades de metal foram distribuídas pelas ruas da cidade.
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