Suíça bloqueou mais de US$ 50 mi a pedido dos EUA em escândalo da Fifa
Walter Bieri/Efe | ||
Logo da Fifa em frente à sede da entidade em Zurique, na Suíça |
A Suíça bloqueou mais de 50 milhões de francos suíços (50 milhões de dólares) em várias contas bancárias a pedido dos Estados Unidos, depois que a justiça americana iniciou uma grande investigação por corrupção contra a Fifa, informa o jornal "Tages Anzeiger" de Zurique.
A justiça dos Estados Unidos solicitou em 6 de março à Suíça informações sobre 50 contas bancárias abertas em vários bancos.
O total bloqueado está avaliado entre 50 e 100 milhões de dólares, segundo o jornal suíço, que cita declarações do porta-voz do Escritório Federal de Justiça em Berna, Folco Galli.
Até o momento, 41 funcionários da Fifa foram acusados de corrupção e nove deles foram detidos em Zurique, segundo o jornal.
"A praça financeira suíça cumpre um papel importante neste caso de corrupção", destaca o Tages Anzeiger.
Vários dirigentes têm ou tiveram contas bancárias na Suíça, incluindo o paraguaio Nicolás Leoz, que durante muitos anos foi presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
Leoz teria mais de 12 contas em bancos suíço, segundo os documentos transmitidos pela justiça americana à Suíça, como parte da assistência jurídica recíproca.
Além disso, várias empresas de marketing esportivo envolvidas no escândalo operavam financeiramente a partir de Zurique, informa o Tages Anzeiger.
O "caso Fifa", por sua dimensão, é um dos maiores casos de assistência jurídica recíproca em curso", disse Galli.
O pedido americano de assistência foi transmitido a dez bancos suíços, incluindo UBS, Crédit Suisse, Pictet, BSI e Julius Baer, segundo o jornal.
A Fifa vive a maior crise de sua história, que eclodiu após vir à tona a investigação conduzida pelas autoridades dos Estados Unidos, que levou no dia 27 de maio à prisão de sete cartolas em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Há duas semanas, Del Nero e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, foram indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusados de corrupção.
Eles estão na lista de 16 acusados que tiveram os nomes divulgados no último dia 3 pelas autoridades dos Estados Unidos. O anúncio dos novos acusados fez parte de uma nova etapa da investigação.
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