Federação chilena anuncia saída de Sampaoli do comando da seleção
Carlos Parra/Reuters | ||
O técnico Jorge Sampaoli (à esq.) e o presidente da federação chilena, Arturo Salah, após o acerto |
A federação de futebol do Chile anunciou nesta terça-feira (19) que chegou a um acordo com o técnico argentino Jorge Sampaoli para pôr fim ao trabalho dele na seleção, que comandava desde o fim de 2012.
De acordo com a entidade, o acordo prevê que Sampaoli não receberá valores a que tinha direito por férias e premiações, como a da Copa América vencida pelos chilenos em julho de 2015.
Ainda segundo o comunicado, ele se comprometeu a pagar uma quantia não especificada pela rescisão, mas abaixo do valor da multa de US$ 6,3 milhões (R$ 25,4 milhões).
O presidente da federação, Arturo Salah, afirmou que com o acordo poderá se dedicar à prioridade da entidade. "Fazer todo o possível para que o Chile se classifique à Copa da Rússia em 2018".
Cotado para treinar equipes na Europa e eleito o terceiro melhor técnico do mundo pela Fifa no último dia 11, Sampaoli ainda não anunciou o seu destino.
Em dezembro, ele negou que estivesse negociando com o Flamengo para a temporada 2016 do clube carioca.
Antes do anúncio oficial, o chileno Manuel Pellegrini, que comanda o Manchester City, descartou a possibilidade de assumir o posto. "O cargo de técnico nacional não é algo eu goste ou me interesse neste momento. Não há nenhuma possibilidade de que eu assuma a seleção", declarou em entrevista à rádio chilena Cooperativa.
Carlos Parra/Efe | ||
Jorge Sampaoli durante entrevista em 2015 |
NEGOCIAÇÕES
Na semana passada, a federação já havia dado por encerradas as negociações com Sampaoli, já que teria sido impossível chegar a um "acordo sensato" com o argentino.
Anteriormente, o treinador declarou a vários veículos da imprensa internacional que não estava disposto a seguir comandando a seleção chilena, mas que também não pretendia pagar os US$ 6,3 milhões da cláusula de rescisão de contrato, válido até 2018.
A situação entre federação e técnico piorou com a saída do ex-presidente Sergio Jadue, que renunciou em meio às investigações sobre corrupção na Fifa e na Conmebol, e a chegada de Salah ao comando.
O desentendimento também teria como origem o vazamento do valor do salário de Sampaoli, que supostamente recebia parte do dinheiro em uma conta em um paraíso fiscal para diminuir o pagamento de impostos.
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