Estou surpreso e indignado, diz diretor da Stock Car sobre polêmica
Divulgação | ||
Largada da etapa de abertura da Stock Car em Curitiba |
A temporada da Stock Car começou com incertezas. Em parte causadas pela crise econômica, que obrigou mudanças no regulamento. Na etapa de Curitiba, porém, o assunto predominante nos boxes foi a troca de mensagens, revelada pela Folha, onde comissários insinuam que prejudicaram pilotos em outros anos.
Maurício Slaviero, diretor-geral da Vicar, promotora da Stock Car, se disse "surpreso e indignado" com o episódio. Em entrevista no Autódromo de Curitiba, ele se mostrou otimista com o crescimento da categoria e como a queda de popularidade da F-1 no Brasil pode ajudar a Stock Car.
INVESTIGAÇÕES
"Sem a menor dúvida não é uma coisa boa. Incomoda, deixa a gente surpreso e indignado com o que aconteceu. Mas a gente não pode ser abalado por isso. Temos que continuar nosso trabalho para que o esporte continue crescendo. A gente não tem como ir atrás e investigar, não é nosso papel. O que a gente pode fazer a gente já fez. Passamos para a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) que precisamos obrigatoriamente de uma investigação que vá a fundo nos detalhes e às últimas consequências. Não é só a Stock Car, quem precisa disso é o automobilismo. A comissão [que vai investigar possíveis irregularidades] foi uma ótima iniciativa da CBA, eles querem mostrar transparência e clareza, colocando os próprios pilotos, que conhecem, para investigar. Por outro lado, concordo que é importante ter pessoas com outro tipo de preparação. Acho que a associação [de pilotos] deveria indicar, além do piloto que preside a comissão, mais uma pessoa de fora, que participe junto da comissão com voz ativa. Não vejo motivos para a CBA não aceitar que isso aconteça. Uma investigação como essa, independente do resultado, se for bem feita traz mais credibilidade, e isso vai fazer com que o esporte tenha visibilidade ainda maior. Qualquer coisa que se descubra mostra que a CBA está aberta, que não é uma caixa preta.
POPULARIDADE
"Acho que estamos mais próximos [a Stock Car ser o segundo esporte mais popular do Brasil]. Falta um pouco mais de exposição na mídia. A mídia traz bastante visibilidade e faz com que o esporte cresça. Acho que estamos conseguindo isso. Nosso tempo de televisão tem aumentado muito. Os esportes estão migrando para a TV a cabo, que cresce absurdamente no Brasil. As redes sociais também estão crescendo bastante, e a Stock Car cresce muito nas redes. Hoje 70% da nossa verba de mídia vai para as redes sociais e internet. Esses movimentos nos fazem acreditar que possamos chegar lá [segundo esporte mais popular do país] nos próximos quatro ou cinco anos, esse é o objetivo."
CRISE ECONÔMICA
"A categoria tem muitas peças ligadas ao dólar, e o aumento do valor da moeda faz com que o custo das equipes aumente. A gente tem que tentar corrigir o rumo o mais rápido possível. Para isso reduzimos a quantidade de pneus para a temporada, uma atitude que tomamos em função de custo. Claro que ela traz o lado de criar estratégias diferentes nas corridas, mas foi feita pensando na receita das equipes com a crise econômica. A crise afeta o crescimento da categoria? Acho que são coisas distintas. Se continuar tendo corridas na televisão, exposição na imprensa e as redes sociais crescendo, não vai afetar em nada o nosso objetivo de ser o segundo esporte brasileiro."
FÓRMULA 1
"Eu diria que isso tem ajudado a Stock Car [queda de fãs da F-1]. Temos pesquisas que mostram que muitos fãs da F-1 têm migrado para a Stock Car. O brasileiro tem muito essa coisa de só querer ver outro brasileiro campeão lá fora. Como faz tempo que não temos um campeão na F-1, o brasileiro tem migrado por ser uma categoria nacional e que tem muita competitividade, disputa e ultrapassagens."
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