Morre Chuck Blazer, principal delator de escândalo de corrupção da Fifa

DA FRANCE PRESSE

O americano Chuck Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-dirigente da Fifa, que se tornou uma testemunha-chave no escândalo de corrupção que sacudiu a Fifa, faleceu nesta quarta-feira (12), aos 72 anos, informou seu advogado ao jornal "The New York Times".

Blazer, que acabou banido de todas as atividades relacionadas ao futebol profissional por seu envolvimento no escândalo de corrupção deflagrado em 2015, sofria de câncer.

"Sua má conduta, pela qual assumiu plena responsabilidade, não deveria manchar o trabalho positivo que Chuck teve internacionalmente no futebol", declarou o advogado ao jornal.

Blazer foi um figura central na queda do então presidente da Fifa, Joseph Blatter, após acertar sua colaboração com a justiça dos Estados Unidos.

Antigo aliado de Blatter, Blazer "teve um papel-chave nas atividades de oferta, aceitação, pagamento e recepção de pagamentos dissimulados e ilegais, subornos e comissões", revelou em 2015 a Comissão de Ética da Fifa.

Conhecido como "Mister 10%", Blazer revelou subornos para as indicações das sedes das Copas do Mundo de 1998 e 2010, comissões pedidas às redes de difusão contra exclusividade nas transmissões de torneios e a criação de empresas fictícias.

O dirigente gravou para o FBI conversas comprometedoras com diversos dirigentes da Fifa durante os Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Em novembro de 2013, reconheceu sua culpa em dez acusações, incluindo lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção.

Libertado após pagar fiança de 1,9 milhão de dólares, Blazer estava gravemente doente, com câncer de colo, diabetes e problemas cardiovasculares.

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