Mesmo campeã, Alemanha se renova para a Copa-2018

Crédito: Thomas Kienzle/AFP Photo Joachim Löw observa treino da seleção alemã em Stuttgart antes de duelo contra a Noruega
Joachim Löw observa treino da seleção alemã em Stuttgart antes de duelo contra a Noruega

GIANCARLO GIAMPIETRO
DE SÃO PAULO

Passadas sete rodadas, apenas duas seleções sustentam aproveitamento de 100% nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2018. Uma delas surpreende: Suíça. A outra é a Alemanha.

Mais de três anos depois daquele 8 de julho de 2014, a seleção que fez 7 a 1 no Brasil antes de vencer a Copa não só manteve o ritmo, como talvez esteja ainda melhor.

A equipe dirigida por Joachim Löw há 11 anos tem o segundo melhor ataque das eliminatórias da Europa, com 29 gols marcados, média de 4,1 por jogo, atrás apenas da Bélgica (35 gols). Também apresenta a melhor defesa. Sofreu só dois gols, empatada com mais três seleções.

O time pode garantir sua vaga no Mundial da Rússia nesta segunda (4), às 15h45, quando enfrenta a Noruega em casa. Para isso, precisa vencer e torcer para a Irlanda do Norte não derrotar a República Tcheca, em partida realizada no mesmo horário.

Os resultados positivos se acumulam ao mesmo tempo em que Löw promove gradativa mudança em sua seleção.

Dos 11 titulares do 7 a 1, apenas quatro começaram jogando na vitória por 2 a 1 contra a República Tcheca na última sexta (1º), em Praga: o zagueiro Mats Hummels, os meias Toni Kroos e Mesut Özil e o atacante Thomas Müller. Dos 24 convocados, só sete são campeões mundiais.

As mudanças na seleção brasileira são maiores, de todo modo. Da equipe que venceu o Equador por 2 a 0 na quinta (31), só três titulares jogaram na semifinal da Copa de 2014: o lateral Marcelo, o volante Paulinho e o meia-atacante Willian -os últimos dois saíram do banco.

Comparando com os convocados para o Mundial, outros três atletas constam na última lista de Tite: Neymar, Thiago Silva e Fernandinho.

JOVENS E CAMPEÕES

As opções de Löw aumentaram consideravelmente após a conquista da Copa das Confederações, em julho. Na ocasião, o treinador ignorou o clamor e críticas dos organizadores e levou à Rússia uma equipe composta em sua maioria por revelações.

"Isso pode nos ajudar até mesmo no ano que vem, na Copa, ou talvez em três anos. Um dia essa Copa das Confederações será importante para aqueles que a jogaram", afirmou, em sua defesa.

Depois de a renovada Alemanha apresentar futebol convincente e triunfante, a declaração do técnico ganha tom quase premonitório.

Löw só errou na estimativa de tempo. A base do torneio secundário da Fifa já se tornou relevante: 17 dos campeões de julho estão no atual grupo alemão. Talvez os maiores adversários dos jogadores alemães no momento sejam seus próprios compatriotas. A disputa pelas vagas será duríssima.

"Os títulos do passado não contam", disse Löw. "Sabemos o que esperar desses jogadores, porém. E eles sabem que têm uma grande concorrência pela frente."

Pragmático, o treinador primeiro quer tratar de suas prioridades. "Queremos nos classificar para a Copa como os vencedores do grupo. Então o que importa agora é vencer nesta rodada", disse.

A Noruega está avisada, então. Mas não só eles: a Alemanha progride com força.

NA TV
Alemanha x Noruega
15h45 - SporTV

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