Grupos da morte eliminaram cinco seleções campeãs em Copas

Crédito: Lui Siu Wai - 24.jun.2014/Xinhua (140624) -- NATAL, June 24, 2014 (Xinhua) -- Italy's players pose for a group photo during a Group D match between Italy and Uruguay of 2014 FIFA World Cup at the Estadio das Dunas Stadium in Natal, Brazil, June 24, 2014. (Xinhua/Lui Siu Wai)
Seleção da Itália não passou da primeira fase na Copa do Brasil

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

Os chamados grupos da morte, aqueles com dois ou mais campeões do mundo na época do torneio, vitimaram cinco seleções na história das Copas.

Em 2014, no Brasil, em um grupo vencido pela surpreendente Costa Rica, os times da Itália e da Inglaterra ficaram pelo meio do caminho e não jogaram as fases eliminatórias.

A França caiu duas vezes em grupos complicados recentemente. Na África do Sul, em 2010, ficou na última colocação, na chave que tinha Uruguai, México e os anfitriões.

Na Copa da Ásia, em 2002, os franceses, que defendiam o título mundial conquistado em casa quatro anos antes, ficaram também em último no grupo da morte da Copa. Chave que também aniquilou o Uruguai. Classificaram-se Dinamarca e Senegal.

O Mundial da Coreia do Sul e do Japão teve mais um grupo da morte. Na chave F, Argentina e Nigéria caíram na primeira fase. Suécia e Inglaterra foram à frente.

SOBREVIVENTES

Apenas em duas Copa do Mundo fazer parte do chamado grupo da morte na primeira fase da competição levou a seleção sobrevivente à final.

Em 1986, no segundo mundial feito no México, o Grupo A tinha, pela ordem de classificação final das equipes na primeira fase, Argentina, Itália, Bulgária e Coreia do Sul.

Enquanto os sul-americanos venceram a chave e seriam os campeões, Itália e Bulgária, que também se classificaram porque o sistema de disputa era outro, foram desclassificados nas oitavas.

A questão da seleção Argentina em 86 é saber se o fato de ter, em tese, jogos mais difíceis no início da Copa foi mais importante do que ter Maradona dentro de campo.

O Brasil de Gérson, Pelé, Jairzinho, Tostão e Rivelino também caiu em um grupo com pelo menos mais um campeão mundial em 1970, outra vez no México.

Na primeira fase, a chave brasileira tinha ainda Inglaterra, que defendia o seu título vencido em casa em 1966, Romênia e Checoslováquia. Apenas os dois detentores de um troféu mundial seguiram em frente.

O Brasil seria campeão e a Inglaterra ficaria nas quartas.

Ainda em 1970 houve outro chamado grupo da morte, que tinha os dois campeões Itália e Uruguai, além de Suécia e Israel.

Os italianos perderiam a final para o Brasil.

E os uruguaios foram derrotados na decisão do terceiro lugar pela Alemanha.

SEM FINAL

Nas copas mais recentes, fazer parte e sobreviver aos grupos com mais de um campeão mundial na primeira fase da competição levou ao máximo até as semifinais.

O que ocorreu em 2010, na África do Sul, com o Uruguai. Os sul-americanos venceram a chave A da competição. O México, que também sobreviveu, parou nas oitavas de final.

No Mundial Coreia do Sul e do Japão, em 2002, passar pelo grupo da morte também não levou ao título.

Dinamarca e Senegal, que eliminaram os campeões do mundo Uruguai e França, saíram da competição, respectivamente, nas oitavas e nas quartas de final.

Em outra chave complicada, Suécia e Inglaterra conseguiram as vagas. Mas foram desclassificadas nas oitavas e nas quartas.

Na Copa do Brasil, em 2014, a surpreendente Costa Rica, que ficou em primeiro lugar em uma chave que tinha também Uruguai, Itália e Inglaterra, caiu nas quartas. Enquanto os uruguaios foram embora ainda mais cedo, ao perder nas oitavas de final da competição.

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