A Justiça do Recife mandou penhorar os troféus do Náutico por uma dívida com o lateral-direito Alessandro, que hoje está em cerca de R$ 380 mil, na soma de todos os débitos, mais juros e correção monetária.
"Expeça-se mandado de penhora e avaliação dos troféus do clube executado listado na petição em comento, salientando que os mesmos encontram-se disponíveis na sede do executado", disse o despacho, assinado pela juíza do trabalho substituta, Maria Odete Reire de Araújo, no último dia 15 de dezembro.
As taças do time pernambucano se encontram, segundo diz a Justiça, no estádio dos Aflitos, no Recife.
Atualmente auxiliar técnico da base do Atlético-PR, Alessandro jogou cinco anos no Botafogo, além de passagens por Vasco, Atlético-MG, São Caetano e no próprio Atlético-PR –onde conquistou, inclusive, o Brasileirão 2001.
Hoje com 40 anos de idade, ele defendeu o Náutico em 2012 e ingressou na Justiça contra o clube cobrando férias, 13º proporcional, FGTS e multa rescisória. Com os honorários advocatícios, o processo alcança quase R$ 450 mil.
O advogado Leonardo Laporta Costa, que representa o jogador, confirmou as informações. "Estamos cobrando pelo período em que ele defendeu o clube", afirmou.
O Náutico não vive bom momento. O clube não disputa a Série A desde 2013 e acabou de ser rebaixado à Série C. Em 2017, conviveu com greves de jogadores e atrasos salariais.
Procurado, o time pernambucano disse que "não foi notificado sobre o caso, portanto, não há o que comentar".
Como a decisão é recente, o Náutico só deve ter conhecimento ao longo deste ano.
Entre os principais troféus do Náutico estão os títulos de 21 Campeonatos Pernambucanos –o último deles em 2004– e o vice-campeonato brasileiro de 1967, após derrota contra o Palmeiras na decisão da Taça Brasil daquele ano.
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