O desembargador José Luiz Mônaco da Silva, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu liminar para Antonio Roque Citadini voltar a ser candidato à presidência do Corinthians. A decisão foi publicada nesta segunda (22).
Citadini havia sido impugnado pela comissão eleitoral do clube, parecer ratificado por Guilherme Strenger, presidente do conselho deliberativo. A alegação era que, como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Citadini estaria impedido de exercer qualquer outro cargo executivo por determinação das constituições estadual e federal.
No despacho para concessão de tutela ao pedido do candidato, o desembargador afirma que "o agravante [Citadini] não está a exercer cargo de direção, o que afasta de pronto a declaração de inegibilidade" e que não há sequer garantia de que ele será eleito.
A não ser que a liminar seja cassada, Citadini será candidato na eleição para presidente do Corinthians ao lado de Andrés Sanchez, Felipe Ezabella, Paulo Garcia e Romeu Tuma Júnior.
Nesta segunda, a comissão se reuniu para debater os pagamentos feitos por candidatos de mensalidades de sócios inadimplentes, os habilitando para participar da eleição. A medida foi considerada irregular e os sócios que tiveram a situação regularizada estão impedidos de votar. Andrés Sanchez, Citadini e Paulo Garcia corriam risco de punição. O único impugnado foi Eduardo Caggiano, que era diretor administrativo do clube e enviou e-mail autorizando a anistia. Aliado de Andrés Sanchez, ele era candidato ao conselho deliberativo.
A situação de Paulo Garcia é considerada a mais séria e ele ainda pode ser impugnado. A decisão ficou para quinta-feira porque a comissão eleitoral não conseguiu notificá-lo para apresentar a defesa,
Garcia corre o maior risco de ser considerado inelegível porque confessou ter feito os pagamentos e ainda deixou seu cartão de crédito na secretaria do clube par
"Nós tínhamos um e-mail dele e enviamos a notificação, mas esta voltou com erro. Não foi entregue. Conseguimos notificá-lo nesta segunda e ele terá três dias úteis para se defender", disse Miguel Marques e Silva, presidente da comissão eleitoral.
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