Após 20º Slam, veja quais marcas Federer ainda pode quebrar em 2018

Crédito: Dita Alangkara/Associated Press Switzerland's Roger Federer holds his trophy aloft after defeating Croatia's Marin Cilic during the men's singles final at the Australian Open tennis championships in Melbourne, Australia, Sunday, Jan. 28, 2018. (AP Photo/Dita Alangkara) ORG XMIT: MEL231
Roger Federer beija a taça do Aberto da Austrália, a 20ª de Grand Slam em sua carreira

FÁBIO ALEIXO
DE SÃO PAULO

Roger Federer, 36, não cansa de colecionar recordes e títulos. No domingo (28), o suíço derrotou Marin Cilic, 29, por 3 sets a 2 (6/2, 6/7, 6/3, 3/6 e 6/1) na decisão do Aberto da Austrália, em Melbourne, e tornou-se o primeiro homem da história a acumular 20 troféus de Grand Slams.

Sem colocar uma data para aposentaria, o suíço parte agora atrás de novas marcas históricas para o currículo.

A mais próxima é se tornar o atleta mais velho a liderar o ranking mundial, criado em 1973. Atualmente, o recorde é do já aposentado Andre Agassi, que foi número 1 do mundo aos 33 anos e 131 dias, em setembro de 2003.

Federer ocupa a segunda posição. Na lista a ser divulgada nesta segunda-feira (29) pela ATP (Associação dos Tenistas Profssionais), aparecerá apenas 155 pontos atrás de Nadal: 9.760 a 9.605.

Por causa de uma lesão muscular sofrida em jogo nas quartas de final do Aberto da Austrália, o espanhol só deverá retornar às competições em três semanas, e sua presença no Torneio de Acapulco (MEX), com início em 26 de fevereiro, ainda é incerta.

Se não jogar, consequentemente não conseguirá defender os 300 pontos pelo vice-campeonato de 2017 e verá Federer assumir a ponta antes do começo do Masters 1.000 de Indian Wells (EUA).

Outra possibilidade é o suíço jogar o Torneio de Dubai (EAU), também com início em 26 de fevereiro, e conquistar o título. Neste caso, somaria 455 -já descontando os 45 do ano passado. Assim, nem mesmo uma conquista de Nadal no México impediria o rival de voltar à liderança.

Crédito: Saeed Khan/AFP Roger Federer não consegue segurar as lágrimas após o título em Melbourne
Roger Federer não consegue segurar as lágrimas após o título em Melbourne

A última vez que o suíço ocupou o topo do ranking foi em 4 de novembro de 2012.

Terminar uma temporada como líder do ranking também é outro desafio. Ele não consegue o feito desde 2009. No total, foram cinco temporadas encerradas no topo, ficando somente atrás de Pete Sampras, que fez isso em seis oportunidades.

Seria também o mais velho a alcançar tal marca, superando mais uma vez o rival Nadal, que encerrou 2017 na ponta aos 31 anos.

Em número de semanas na ponta, o suíço já é absoluto, com 302 não-consecutivas.

Dos atletas em atividade, Novak Djokovic, 30, é quem está mais perto, com 223. O sérvio, entretanto, passa por um momento de incertezas na sua condição física, com uma lesão no cotovelo. Nadal soma 164 e está bem distante.

Em número de títulos, Federer, com 96, está a quatro de se tornar o segundo homem a ultrapassar a barreira das 100 taças na carreira. O único que conseguiu isso foi o já aposentado Jimmy Connors, que soma 109.

Dos atletas em atividade, quem mais se aproxima de Federer é justamente Nadal, com 75 títulos ganhos.

O suíço, que já é o segundo vencedor mais velho de um Slam, aos 36 anos e 173 dias, poderá ainda ser o mais velho de todos os tempos.

O recorde é do australiano Ken Rosenwall, que em 1972 venceu o Aberto da Austrália aos 37 anos e 63 dias.

Federer completará 37 anos em 8 de agosto, poucos dias após a final de Wimbeldon, no qual defenderá o título ganho em 2017.

O Aberto dos Estados Unidos, último Grand Slam do ano, terá sua final em 9 de setembro, quando Federer será 31 dias mais novo que Rosenwall na época da marca histórica. Assim, um recorde de longevidade só poderia ser alcançado daqui exatamente um ano, novamente nas quadras do Aberto da Austrália.

"Eu ganhei três Slams em 12 meses. Não posso acreditar nisso. Só preciso manter um bom calendário, continuar faminto. Creio que a idade não é um problema. É apenas um número", disse o suíço, que descartou a possibilidade de aposentadoria dentro de um curto espaço de tempo.

"Tenho que ser muito cuidadoso no planejamento e estabelecer de antemão meus objetivos e prioridades. Isso ditará quanto sucesso eu poderei ter", completou.

No ano passado, por exemplo, Federer abriu mão de jogar toda a temporada de saibro, incluindo o Grand Slam de Roland Garros, para se dedicar aos torneios na grama e a Wimbledon.

Crédito: Editoria de arte/Folhapress
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