Descrição de chapéu Campeonato Paulista

Título paulista isola Cássio como maior campeão do Corinthians

Goleiro de 31 anos chega a nove taças conquistadas pelo clube alvinegro

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São Paulo

A discussão sobre o lugar de Cássio entre os maiores goleiros do Corinthians parece ter ficado obsoleta. Campeão de novo, o gaúcho vai além do debate em torno de sua posição e se coloca entre os candidatos a principal ídolo da história alvinegra.

O atleta de 31 anos já é o maior vencedor. Com o título paulista obtido sobre o São Paulo neste domingo (21), após vitória por 2 a 1, ele chegou a nove troféus no clube do Parque São Jorge, isolando-se como o líder em conquistas.

Ficaram para trás Chicão, Danilo, Del Debbio, Kleber e, especialmente, Marcelinho. O meia, entre os que foram campeões oito vezes no clube, é o único titular em todas as suas campanhas vitoriosas, entre 1995 e 2001.

Cássio agora tem nove conquistas e pode dizer que sua importância foi grande em cada uma delas. Tal qual Marcelinho, ostenta no currículo quatro taças do Paulista erguidas. Há empate também no Brasileiro, com dois troféus cada, e no Mundial, com um cada.

Na comparação com o carioca que virou ídolo do Corinthians e ganhou o apelido de Pé de Anjo, o goleiro só leva desvantagem por não ter conquistado a Copa do Brasil. Tem, porém, uma Copa Libertadores e uma Recopa Sul-Americana, competições nas quais o camisa 7 não triunfou.

 

O critério adotado aqui é o mesmo usado por Celso Unzelte, historiador do Corinthians, que considera campeão o atleta que tenha entrado em campo ao menos uma vez durante o torneio. Mas Cássio agora lidera com base em qualquer critério.

Com seus nove títulos, o gaúcho se igualou ao também goleiro Julio Cesar, que esteve no grupo profissional alvinegro entre 2005 e 2014. Julio, porém, entrou em campo em apenas cinco desses campeonatos e só foi efetivamente titular no Brasileiro de 2011.

 

Aos 31, o atual dono da posição não dá sinais de declínio. Fundamental nas históricas conquistas de 2012, parece até, sete anos depois, fazer parte do esquema tático da equipe, tamanha a confiança em suas defesas.

Neste Paulista, ele foi decisivo para evitar a zebra nas quartas de final, contra a Ferroviária, aparecendo bem na disputa por pênaltis. Nas semifinais, diante do Santos, não haveria nem pênaltis não fosse seu trabalho com a bola rolando.

Cássio cumpriu seu papel também na decisão contra o São Paulo, chegou ao nono título e ampliou seu já enorme tamanho na história do Corinthians. Algo que ele procura tratar com humildade.

Nem mesmo o principal goleiro preto e branco o camisa 12 diz ser. Com quase 200 partidas a menos do que Ronaldo, arqueiro do time entre 1988 e 1998, ele é sempre reverente ao ídolo.

“Para mim, o maior é o Ronaldo, por ter mais de 600 jogos”, afirmou várias vezes Cássio, que promete manter a visão até mesmo se ultrapassar essa marca. “Minha opinião sobre ele ser o maior da história vai continuar. Ele é um dos grandes da história e tem um respeito grande por mim. Já me sinto feliz, privilegiado.”

Privilegiado, mas não satisfeito. Sua história até aqui registra 407 partidas pelo Corinthians, trajetória iniciada em 2012 e sem data para terminar. Ainda há números para superar e taças para erguer.

O gaúcho talvez não seja venerado como era Marcelinho ou amado como foi Luizinho, cheio de conquistas nos anos 1950. Neco, protótipo do maloqueiro e sofredor que deu cara ao time em suas duas primeiras décadas, também não pode ficar fora de qualquer discussão sobre os grandes alvinegros.

Ídolos não faltam em quase 109 anos de história, e vários outros podem ser citados. Mas nenhum jogador do Corinthians foi campeão tantas vezes quanto Cássio.

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