Maradona faz exigências para continuar como técnico da seleção argentina

Não é apenas no Brasil que a semana começa com o assunto técnico da seleção em alta. Na Argentina, está prevista para as próximas horas a definição da permanência de Diego Maradona à frente do time de Messi, Tevez e companhia.

Nesta madrugada, em entrevista a uma TV argentina, Maradona disse que deseja continuar no cargo, mas fez um alerta aos dirigentes: não interfiram na comissão técnica.

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"Se me tocam um, do roupeiro ao massagista, eu saio. Não há possibilidade de que toquem em Mancuso ou Enrique ou a ninguém. Tenho vontade de seguir, trabalhar com gente que gosto", disse Maradona, que confirmou que está agendado o encontro com o presidente da Federação Argentina de Futebol (AFA) Julio Grondona.

Fernando Llano/AP

Antes de voltar à Argentina para definir seu futuro na seleção, Maradona esteve com o amigo Hugo Chavez, presidente da Venezuela, na semana passada

E é nesta reunião que o comandante da seleção na Copa do Mundo vai pedir a inclusão de outro amigo na comissão técnica argentina: Oscar Ruggeri. Ex-zagueiro e companheiro de Maradona desde os tempos de Boca Juniors, Ruggeri é desafeto do presidente da AFA.

"Pedi e vou continuar pedindo Riggeri. É uma luta permanente. É o primeiro que vou pedir a Grondona e se me disser que não, vou seguir lutando", afirmou no programa 'El show del fútbol', do America TV.

Sobre a Copa do Mundo, Maradona desmentiu que tenha havido uma rusga entre seu auxiliar Mancuso e o meia Verón, além de dizer que ainda não reviu o jogo contra a Alemanha (4 a 0), que desclassificou os argentinos do Mundial. "Não vi a partida contra a Alemanha e nem vou ver. O trabalho (na Copa) foi muito bom, mas, lamentavelmente, houve a partida contra a Alemanha".