Runco rebate médico belga e diz que Kaká não correu riscos ao jogar a Copa

O médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, rebateu nesta sexta-feira o médico belga Marc Martens, que foi o responsável pela operação do meia-atacante Kaká, do Real Madrid, nesta semana.

Martens disse que o jogador brasileiro correu o risco até de encerrar a carreira por ter jogado a Copa do Mundo de 2010 contundido.

'Começou a jogar com dores e acabou tendo uma dor insuportável. Sua carreira correu sério perigo', falou Mertens ao jornal espanhol 'Marca'. 'Poderia ter se destroçado, mas graças a Deus operou na hora certa e agora está tudo bem', continuou.

• Não sabia que era tão grave, diz Kaká, de muletas
• Kaká opera o joelho e pode ficar parado por até quatro meses
• É a primeira e única operação, diz cirurgião de Kaká

Runco negou que a comissão médica da seleção tenha feito o brasileiro jogar em condições de risco. "Só se for na Bélgica, aqui no Brasil não", ironizou o médico da seleção, em entrevista ao canal Sportv.

Julien Warnand/Efe

Kaká deixa clínica na Bélgica

"Em momento algum ele foi colocado em risco. Este profissional faltou com a ética médica com esses comentários. São 32 anos trabalhando em futebol, se dedicando à medicina esportiva, podemos falar com tranquilidade. Fizemos vários exames, ressonâncias, avaliações", continuou Runco.

O médico da seleção ainda deu a entender que Martens está querendo aparecer. "Foi uma colocação um pouco exagerada de quem estava querendo tirar proveito ao operar um cara como o Kaká. Não sei se ele tem experiência de operar atletas assim", disse Runco.

Kaká, 28, chegou ao Real Madrid em 2009 após uma transação de cerca de 65 milhões de euros (R$ 150 milhões). O meia fez 25 jogos no Campeonato Espanhol e marcou oito gols.

Neste sábado, o Real Madrid disputa um amistoso contra o LA Galaxy, em Los Angeles.

"Ele é um jogador muito querido pelos companheiros e queremos o Kaká 100% para que ele esteja feliz. Se temos que perdê-lo por um tempo não será um drama, temos outros jogadores", afirmou o treinador do Real Madrid, José Mourinho, na quinta-feira.