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17/08/2010 - 07h58

Nadadora brasileira revelou em 2008 ter sido vítima de abuso

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MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A IRVINE (EUA)

No início de 2008, Joanna Maranhão conseguiu desabafar pela primeira vez. Após 12 anos de silêncio, a nadadora brasileira expôs publicamente seu drama e revelou ter sido vítima de abuso sexual. O agressor seria um ex-técnico que a orientava em Recife.

Joanna afirma que o abuso sofrido aos 9 anos a impediu de atingir seus melhores resultados no esporte. De acordo com a nadadora, o trauma de infância a fez desenvolver até um medo de entrar na água.

O ex-treinador citado por Joanna processou a atleta e a mãe dela por difamação.

A nadadora não pôde processá-lo pois já tinha 21 anos quando revelou a história. O crime prescreveu.

Em 2009, o Senado aprovou projeto que propõe que o prazo de prescrição de crimes de abuso envolvendo menores de idade só comece a ser contado quando a vítima completar 18 anos.

"Não tenho provas. Só falei do abuso porque consigo explicar o que me prejudicava. É um sinal de que superei", afirmou Joanna após revelar o caso.

"Também queria mostrar que é uma coisa mais corriqueira do que as pessoas imaginam. Mas não quero que ninguém me veja como coitadinha", completou.

Nos Jogos de Atenas-2004, Joanna surpreendeu a todos ao terminar na quinta colocação nos 400 m medley, com apenas 17 anos. Era o melhor resultado conquistado pela natação feminina do país.

 

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