Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/10/2010 - 06h00

Criação de agência antidoping fica na promessa

Publicidade

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

A política de controle de dopagem do Brasil será um problema para a Wada (Agência Mundial Antidoping) por tempo indefinido.

Não existe hoje previsão para que a ABCD (Agência Brasileira de Controle de Dopagem) seja desengavetada no Ministério do Esporte.

A demora dos brasileiros para criar o órgão foi alvo de pesadas críticas por parte de David Howman, diretor-geral da Wada, anteontem.

A assessoria de imprensa do Ministério do Esporte, em uma nota de cinco linhas, garantiu que já tem elaborado uma "proposta de estrutura e funcionamento" da agência.

Segundo o comunicado oficial, a proposta fundamentou-se na pesquisa de modelos adotados em vários países "por orientação da Wada". "A mesma será encaminhada ao Congresso Nacional em 2010", informou.

Com a indefinição, a ampliação do Ladetec, único laboratório credenciado pela Wada no país, também fica em compasso de espera.

"Os recursos para aumentar estrutura dependem da criação da ABCD", afirmou o coordenador do Ladetec, Francisco Radler. "Eles me informaram que já havia sido encaminhado para a votação. O ministério já teria feito a parte dele, de fazer toda a proposta, organograma."

Segundo Radler, se houver a exigência da ampliação do laboratório para a Copa das Confederações, em 2013, o prazo já começa a ficar curto.

A assessoria da pasta disse não estar autorizada a informar quando a proposta ficou pronta, por quem foi elaborada e quando terá seu regimento interno disponibilizado para consulta pública.

Em novembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a implementação da ABCD, um compromisso de campanha da candidatura do Rio para a Olimpíada de 2016.

Foi motivado pelo maior caso de doping sistemático na história do esporte brasileiro, em novembro do ano passado, envolvendo competidores do atletismo.

O maior problema, segundo o dirigente da Wada, diz respeito à ABA (Agência Brasileira Antidoping) estar ligada ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Howman defende um órgão sem vínculos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página