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30/12/2010 - 07h30

COI cobra da organização da Rio-2016 arenas úteis

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SÉRGIO RANGEL
DO RIO

O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, mandou um recado direto para os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Ele surpreendeu ontem ao quebrar o protocolo da solenidade de lançamento do concurso internacional para a construção do Parque Olímpico e deixou claro que não quer ver no Rio elefantes brancos, como houve em Pequim-08 e em Atenas-04.

Vanderlei Almeida -29.dez.2010/AFP
Jacques Rogge, presidente do COI, discursa no Rio
Jacques Rogge, presidente do COI, discursa no Rio

O belga ainda fez questão de cobrar publicamente responsabilidade nos gastos dos dirigentes e políticos brasileiros nos anos que antecederem a Olimpíada.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o presidente da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, assistiram ao discurso.

"Nós precisamos de muita responsabilidade e levar em conta muitos aspectos. Toda vez que planejamos uma instalação, temos que nos preocupar para que ela não seja muito grande", disse Rogge.

"Temos que levar em consideração a capacidade de realização após os Jogos. Você pode encher um lugar desse durante a Olimpíada, mas temos que pensar no que vai acontecer depois", afirmou o presidente do COI.

Ele não deveria falar na solenidade, de acordo com os organizadores do evento.

O dirigente já havia discursado momentos antes, durante visita ao terreno que abrigará a Vila Olímpica.

O Parque Olímpico é uma das principais obras para os Jogos do Rio de Janeiro.

No antigo terreno do autódromo de Jacarepaguá, os organizadores pretendem erguer o parque, que concentrará a maior parte das competições --basquete, natação, judô, handebol e taekwondo, entre outros.

Na área também ficarão o IBC (sigla em inglês para centro de transmissão) e o MPC (centro de imprensa).

O presidente do COI disse ser favorável a instalações temporárias para baratear os custos e assim evitar novos elefantes brancos. O Ninho de Pássaro, em Pequim, que custou US$ 450 milhões e foi palco da abertura e do encerramento dos Jogos-2008, hoje raramente sedia eventos.

Segundo o dirigente, o COI quer que os Jogos deixem um legado positivo para o Rio.

"A Olimpíada é um catalisador de ideias. É possível fazer em sete anos o que provavelmente levaria 25", afirmou o dirigente, que na visita ao terreno da Vila Olímpica havia elogiado a organização dos brasileiros.

Rogge dissera que a entidade que ele comanda não era um órgão fiscalizador, mas um parceiro dos Jogos. "Não estamos aqui para criticar, mas para transferir a nossa experiência de anos em evento desse porte."

"Estou orgulhoso porque a preparação para 2016 está indo muito bem", acrescentou Rogge, que passará o Réveillon em Copacabana.

 

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