Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/01/2011 - 18h37

Angola pega o Santos, mas lamenta ausências de Neymar e Ganso

Publicidade

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO A SANTOS

Enquanto os atletas reservas do Santos se esforçavam para suportar o calor no CT Rei Pelé na tarde de anteontem, os rivais daquele jogo-treino pareciam acostumados à temperatura que, nos termômetros de rua da cidade do litoral, atingia os 35º C.

Em São Paulo para um período de treinos, a seleção de Angola, que hoje retorna à África, venceu uma equipe formada por suplentes santistas por 3 a 2. Antes, bateu o Atlético Sorocaba, por 2 a 1, e perdeu do Palmeiras pelo mesmo placar.

Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
Lance do amistoso entre Santos e a seleção de Angola, nesta sexta-feira
Lance do amistoso entre Santos e a seleção de Angola, nesta sexta-feira

Sem seus maiores astros --ainda que conhecidos apenas localmente-- o time comandado pelo técnico Lito Vidigal se prepara para disputar a Taça Chan, espécie de Copa da África em que jogam só atletas que atuam em seus próprios países.

Os angolanos lamentaram apenas não terem tido a chance de enfrentar Neymar e Paulo Henrique Ganso, as revelações santistas.

"Eles são ídolos em Angola. Alguns garotos até cortam o cabelo no estilo moicano", contou o capitão Kali, titular da seleção na Copa da Alemanha em 2006 (uma derrota e dois empates).

A idolatria pelos jovens do Santos é facilmente explicada pela influência da TV brasileira no país africano. "Nós vemos muito a Globo e a Record lá, além do PFC [canal de futebol em pay-per-view da Globosat]", diz Kali.

A passagem por aqui serviu para o time angolano se adaptar ao estilo do novo treinador, que assumiu apenas a tempo de viajar com a delegação para o Brasil.

Ainda assim, Kali vê uma equipe fortalecida para o torneio continental, que será disputado no Sudão a partir do dia 4 de fevereiro. Angola está no Grupo D, com Tunísia, Senegal e Ruanda.

"Estamos em um processo novo, mas seleções como Costa do Marfim não terão seus maiores jogadores", afirma o capitão, citando o país do atacante Didier Drogba, do Chelsea, que normalmente escala 11 "estrangeiros" em seus duelos.

Mais do que a seleção, Kali acredita que o futebol angolano passa por um desenvolvimento inédito.

"Muitos jogadores experientes estão voltando para jogar lá, e os salários já são equivalentes", contou o zagueiro, que aos 31 anos e depois de perambular pela Europa, retornou em 2010 para defender o 1º de Agosto, time militar da capital Luanda.

"Temos estádios novos e a estrutura está sendo bem aproveitada", completou ele, sobre as arenas construídas para a Copa Africana de Nações, principal campeonato do continente, sediado em Angola no ano passado.

Foi durante o torneio que a delegação de Togo foi atacada a tiros por um grupo que prega a libertação da província de Cabinda --o motorista do ônibus foi morto.

"É um trauma que já foi superado", garante Kali.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página