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08/10/2011 - 07h35

Itinerantes encostam na elite do futebol nacional

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LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Quase 900 quilômetros separam Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Ainda assim, as duas cidades lamentam situação praticamente idêntica nesta Série B.

Acalentaram seus times em campanhas de sucesso na terceira divisão, mas verão torcedores de outros municípios celebrarem o possível acesso à elite do Brasileiro.

Até 2010, Boa e Americana carregavam os nomes das cidades em que nasceram.

Seduzidos por promessas das prefeituras que hoje os abrigam, os times se mudaram para novas casas: Varginha, no sul de MG, e Americana, na região de Campinas.

Hoje, duelam para se aproximar do inédito acesso à Série A. A dez rodadas do fim, o Americana ocupa a terceira posição, três pontos à frente do Boa, quinto colocado.

A falta de apoio local é o argumento para explicar a saída das cidades de origem.

"Sempre explicamos para os políticos sobre a necessidade de a cidade desenvolver sua estrutura, mas eles achavam que éramos sonhadores", declarou Rildo Moraes da Costa, diretor do Boa.

"E Varginha nos atendeu muito bem. Temos um contrato de dois anos [com a prefeitura], com direito a renovação", afirmou. "Nós queríamos até mais, mas o prefeito achou melhor não, já que em 2012 tem eleição."

Pelo convênio, a cidade colabora com transporte, alimentação e médicos. "Eles só entram com a estrutura, não nos dão dinheiro", afirmou Rildo. A legislação proíbe os municípios de investirem.

O Americana segue um modelo parecido. Conta com a colaboração da prefeitura, que municipalizou e reformou o estádio Décio Vitta.

Além disso, recebe ajuda na busca por parceiros: dois patrocinadores da equipe têm contratos com a prefeitura.

"Vamos a Varginha pela vitória. É um confronto direto, disse o técnico do Americana, Sérgio Guedes. Faltam só dez jogos, e cada um deve ser encarado como final", afirmou o capitão Léo Silva.

Caso cheguem à Série A, Boa e Americana repetirão o Barueri, outro itinerante que alcançou a elite nacional.

Mas o exemplo preocupa. Na divisão de elite, o clube se mudou para Presidente Prudente. Foi rebaixado no Brasileiro e no Paulista e, neste ano, retornou para Barueri.

 

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