Recordista na Itália, Buffon ganha sobrevida com Prandelli e vem ao Brasil pela 1ª vez
Gianluigi Buffon, 35, da Juventus, tornou-se mais do que goleiro da Itália. É símbolo de uma seleção acostumada a jogadores veteranos, campeões e cujas lideranças não sejam contestada pelos atletas e torcedores.
Agora o camisa 1 da seleção da Itália irá jogar pela primeira vez no Brasil.
Vem ao país primeiro para um amistoso contra Haiti, no Rio, e depois para a Copa das Confederações, a partir de junho no Rio, em Recife e em Salvador.
Convocado regularmente desde 1997, titular a partir de 2002, Buffon é um dos poucos da lista do técnico Cesare Prandelli que esteve na campanha vitoriosa da Copa do Mundo-2006, que deu o tetracampeonato aos italianos.
O triunfo é um dos motivos que o mantém respeitado pelos demais jogadores e pela imprensa do país. Outro é o desempenho em campo.
Buffon ostenta números expressivos. Foram 126 jogos --é o segundo que mais jogou, atrás do zagueiro Fabio Cannavaro, com 136 partidas-- e 97 gols sofridos. Tornou-se capitão da esquadra em 2011, após Cannavaro deixar de ser chamado para a "Nazionale.
Embora seja o recordista de jogos pela seleção entre os selecionáveis por Prandelli, Buffon é o segundo mais experiente do elenco. Perde apenas para o goleiro Morgan De Sanctis, do Napoli, segundo na hierarquia do treinador.
Aliás, os arqueiros reservas --Salvatore Sirigu, do PSG, Federico Marchetti, da Lazio, e eventualmente Marco Amelia, do Milan-- não conseguem fazer frente a Buffon.
A média de gols sofridas pelo arqueiro na Juventus diminuiu nas últimas duas temporadas. Superior a um tento sofrido por jogo em 2008/09, 2009/10 e 2010/11, ela está abaixo dessa quantia. Foi um 0,4 em 2011/12 e 0,6 na temporada atual.
Na Juventus, os únicos títulos que não têm são o da Copa dos Campeões (foi vice em 2003) e do Mundial de Clubes (nunca disputou). Fora isso é exaltado também lá como um dos maiores ídolos do clube. Tem três títulos da primeira divisão e um da Série B.
RENOVAÇÃO
Se até a Copa-2014, Buffon tem vaga garantida na seleção, o futuro após o Mundial não está certo. A Itália, com Prandelli ou não, deve buscar um novo camisa 1.
Isso porque Buffon terá 40 anos em 2018, quando a Copa será na Rússia, e até ele admitiu que será difícil chegar bem.
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