Imprensa inglesa critica atrasos e suspensão de amistoso no Maracanã
A liminar que suspende o amistoso entre Brasil e Inglaterra por causa do atraso das obras do Maracanã está sendo noticiada com destaque pela imprensa britânica na noite desta quinta-feira.
No canal de notícias da BBC, o jornalista esportivo Tim Vickery disse que a decisão judicial cria um "enorme constrangimento" para as autoridades brasileiras.
"A decisão pode ser revogada, e vai haver grande pressão para que isso aconteça. Isso é um enorme constrangimento para as autoridades do Brasil num momento em que todo o mundo olha para o país", afirmou.
Ele disse que o estádio ainda não é seguro para receber jogos com capacidade máxima e chamou atenção para o fato de que seu entorno ainda está repleto de material de construção.
Ainda segundo a BBC, autoridades brasileiras teriam procurado representantes da Federação Inglesa de Futebol para afirmar que a liminar será derrubada antes do jogo.
O correspondente da rede britânica no Rio, Wyre Davis, lembrou que o atraso nas obras tem sido uma constante na preparação da Copa do Mundo e da Copa das Confederações.
"A atitude dos brasileiros costuma ser de não dar importância para isso, dizer para os visitantes olharem as praias, mas para a Fifa isso não é suficiente", afirmou o jornalista.
"Você não pode confiar só na boa vontade dos brasileiros. Os estádios têm que estar prontos", acrescentou.
CONTRA O RELÓGIO
Também nesta quinta-feira, a nova edição da revista "The Economist" chegou às bancas com uma reportagem que critica o atraso nas obras de estádios que receberão jogos da Copa.
O texto cita o desabamento de parte da cobertura da Fone Nova, em Salvador, e diz que o país está numa "cara e perigosa corrida contra o relógio" para inaugurar os estádios a tempo.
A revista afirma que as despesas com os 12 estádios da Copa já ultrapassaram R$ 7 bilhões e que isso já representa três vezes o que a África do Sul gastou com a Copa de 2010.
"A maior parte desta quantia é dinheiro público, apesar de o governo ter afirmado em 2007 que o setor privado financiaria os estádios", acrescenta a reportagem da "Economist".
Reprodução | ||
Reprodução da capa do site do Economist com a matéria sobre as obras dos estádios para a Copa das Confederações e o Mundial-14 no Brasil |
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