O atacante Robinho, do Milan, disse ter aconselhado Neymar a ir para o Barcelona, porque acredita que o ex-santista tem melhores chances de desenvolver seu futebol na equipe catalã do que no Real Madrid.

"Dei alguns conselhos para o Neymar, falei para ele que o Barcelona ia acolhê-lo melhor. Nada contra o Real Madrid que também é um grande clube, mas o Barcelona teoricamente é um time que parece que ele vai encaixar melhor. E o Real Madrid é cada um por si e Deus por todos", disse Robinho em entrevista que foi ao ar neste domingo no programa Esporte Espetacular, da TV Globo.

O jogador do Milan confessou que esperava ter sido chamado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a seleção após a saída de Mano Menezes, mas demonstrou estar aberto à voltar a jogar pela equipe nacional, fato que não acontece desde 2011.

"Fiquei mais esperançoso porque sei que o Felipão gosta de fazer essa mescla de jogadores jovens e experientes, mas sei que a seleção está aberta para todos. Sei que agora não mereço estar na seleção, mas sei que em 2014 com certeza eu vou fazer parte do grupo", afirmou.

"Espero me preparar bem para quando a oportunidade surgir eu possa ficar na seleção e jogar a Copa do Mundo. Nunca fui campeão do mundo, imagina a vontade que eu estou. Acho que tenho condições de jogar e minha resposta vai ser no segundo semestre com gols e grandes jogos", acrescentou.

	Alberto Estévez - 11.mar.2013/Efe
	Robinho durante treino do Milan no Camp Nou, antes de jogo pela Copa dos Campeões contra o Barcelona

Perguntado se vai continuar no clube italiano --onde ainda tem um ano de contrato--, ou se há chance de transferência para o Santos, Robinho se esquivou.

"Estou muito feliz [no Milan] e tenho uma ótima relação no clube. Mas futebol as coisas mudam muito rápido. O amor que tenho pelo Santos não preciso nem falar, fui campeão, só tenho lembranças boas. Mas até agora o Santos não fez nenhuma proposta e o Milan não demonstrou nenhuma vontade para que eu saia do clube", despistou.

Para o atacante, no entanto, o fato de voltar ao Brasil não influencia em sua possível convocação à seleção brasileira.

"Não vai ser o fator principal eu voltar para o Brasil, mas aqui o [Carlos Alberto] Parreira e o Felipão vão ter a possibilidade de ver meu futebol de perto. Mas acho que o grande segredo é estar bem onde estiver", garantiu.