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Desde 1999 sabemos que é viável ganhar do Brasil, diz técnico do México

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Os mexicanos adoram o futebol brasileiro desde a Copa do Mundo de 1970, quando a seleção comandada por Pelé brilhou nos estádios Jalisco e Azteca.

Edgard Garrido/Reuters
José Manuel de La Torre comanda seleção do México no empate contra os EUA pelas eliminatórias da Copa-2014, em março
Ex-meia, De la Torre virou técnico em 2006 e chegou à seleção em 2010 após ser campeão mexicano pelo Chivas Guadalajara (2006) e pelo Toluca (2008 e 2010), também ganhou a Copa Ouro com a seleção mexicana (2011)

Décadas depois, a seleção do México passou a gostar da brasileira por outro motivo: os dois títulos mais importantes da história do futebol no país foram conquistados sobre o Brasil.

Enquete: Você acha que o Brasil entra como favorito na Copa das Confederações

Do título da Copa das Confederações, em 1999, até o ouro olímpico em Londres- 2012, a explicação do atual técnico da seleção em entrevista exclusiva à Folha é simples: "Os mexicanos sabem que é viável ganhar do Brasil".

Antes da chegada ao Rio nesta quarta-feira, o treinador José Manuel de la Torre, 47, falou sobre a seleção que disputa a Copa dos Confederações a partir de domingo, contra a Itália, no Maracanã. Depois, os mexicanos enfrentam o Brasil, dia 19, no Castelão, em Fortaleza, e termina a primeira fase contra o Japão, dia 22, no Mineirão, em Belo Horizonte.

*

Folha - Coincidentemente as duas maiores conquistas da seleção mexicana foram contra a brasileira (Copa das Confederações-1999 e Olimpíada-2012). Por quê?
José Manuel de la Torre - Eu acredito que, no futebol, não podemos falar em coincidências, pois estaríamos tirando o mérito do trabalho e do esforço que foi feito pelos técnicos e jogadores mexicanos nestes títulos. Considero que todos querem ganhar do Brasil por conhecem sua história, a qualidade dos jogadores. É um desafio muito grande e bonito vencer o Brasil.

A seleção do México se engrandece contra a do Brasil?
Especificamente contra o Brasil, não é que o México cresça. Mas, como estamos falando de um pentacampeão mundial, os jogadores mexicanos já sabem que é viável ganhar do Brasil, precisamente desde aquela Copa das Confederações em 1999. Penso que essa vitória marcou a pauta entre os jogadores de futebol do México, a mentalidade começou a mudar. Se respeita o Brasil, como qualquer outro rival, mas sabem que não é impossível ganhar dos brasileiros inclusive em uma grande final. Os números dizem que, dos últimos 12 encontros entre mexicanos e brasileiros, sete foram vitórias do México, dois empates e três derrotas.

Qual seria a final ideal para os mexicanos? Contra o Brasil?
Claro que nós trabalhamos para chegar ao mais alto, que, neste caso, é a final da Copa das Confederações, e, se chegarmos, levarmos o título. Porém, seria uma falta de respeito falar do rival que gostaríamos de enfrentar. Os oito países que vão competir tiveram seu lugar no torneio por serem os melhores de suas confederações, ou seja, estamos falando de grandes equipes.

Elizabeth Dalziel/AP
Ronaldinho dribla o mexicano Rafael Marquez na final da Copa das Confederações que o Brasil perdeu por 4 a 3 em 1999
Ronaldinho dribla o mexicano Rafael Marquez na final da Copa das Confederações que o Brasil perdeu por 4 a 3 em 1999

Acreditam que há favoritos na Copa das Confederações?
Sempre uma Itália, uma Espanha e um Brasil, com maior razão por ser dono da casa, são favoritos, mas nunca dá para esquecer quem está vindo atrás. O futebol está evoluindo a passos gigantescos, hoje em dia já não há enormes diferenças entre uns e outros.

Qual sua relação com o futebol brasileiro?
Minha relação é simples como a de uma pessoa que aprecia ver futebol. Sabemos que o Brasil é um celeiro de grandes jogadores, que fazem magia com a bola. Claro que, agora, como treinador, as coisas mudaram. Agora não posso assistir ao Brasil como uma equipe a mais para passar bons momentos. Agora faço análises constantes, análises de cada um dos movimentos, para que, ao chegar o momento, possamos fazer frente da melhor maneira.

Você tem algum ídolo brasileiro?
Com relação aos meus ídolos, há uma enorme lista de jogadores que em seus momentos foram referências mundiais. Quando eu jogava eu tive que enfrentar Bebeto e Roberto Carlos, por exemplo, dois grandes expoentes com os quais tive a oportunidade de dividir o campo.

Qual a impressão que você tem da organização brasileira para receber a Copa das Confederações? Tem alguma preocupação?
Nenhuma preocupação. Considero que, se foram escolhidos para organizar um evento como a Copa das Confederações, e um ano depois o Mundial, é porque passaram pelas exigências e requisitos da Fifa para poder realizá-los. Acredito que o Brasil é um belo cenário para jogar futebol.

A seleção mexicana jogará às 16h no Rio, em Belo Horizonte e em Fortaleza. A possibilidade de enfrentar dias muito quentes, mesmo não sendo no verão brasileiro, preocupa vocês?
Não, é parte do jogo, todos nós, envolvidos no mundo do futebol, sabemos que há circunstâncias que regem a partida, os torneios etc. Estamos expostos a tudo isso, mas nossos rivais jogaram debaixo das mesmas condições climáticas que nós. Para mim e para meus jogadores a temperatura nunca será uma desculpa, simplesmente teremos que nos adaptar e trabalhar para lidar com ela o melhor possível.

Na Copa América de 2011 o México atuou com uma seleção sub-22. Para a Copa das Confederações você convocou a equipe principal. Pensou em utilizar o torneio no Brasil para dar experiência aos mais jovens também?
Na Copa América jogamos com a seleção sub-22 porque tínhamos os Jogos Olímpicos um ano depois, e a competição era sub-23. Queríamos chegar a Londres o mais bem preparados, como conseguimos fazer. Agora as circunstâncias são distintas. Sabemos que a Copa das Confederações é uma antessala para a Copa do Mundo. E para a Copa do Mundo todos querem levar o melhor dos melhores de seu país. Hoje temos uma geração muito boa de jogadores jovens, que estão fazendo de tudo, chamando a responsabilidade e se demonstrarem que não há ninguém melhor do que eles no México vão ser convocados.

Brasil e México se enfrentarão em 19 de junho, em Fortaleza. O que os brasileiros devem esperar da seleção mexicana neste confronto?
Podem estar seguros de que verão um México com fome de vitória, de demonstrar que trabalhou para fazer um bom papel, de querer conquistar o torneio que está em disputa.

A posição do México na tabela de classificação das eliminatórias da Concacaf deixa vocês preocupados em ficar fora da Copa do Mundo?
Preocupado, não. Estou ocupado com o que posso melhorar. Temos que trabalhar em todos aspectos para não perder mais pontos no caminho. Temos muitas partidas para jogar e sabemos que estamos fazendo as coisas para estar na Copa do Mundo no ano que vem.

Editoria de Arte/Folhapress
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