A Argentina contou com Messi por 37 minutos, cedeu o empate por 1 a 1 ao Equador, fora de casa, em Quito, pelas eliminatórias sul-americanas e não se classificou para a Copa do Mundo do Brasil nesta terça-feira.

A seleção argentina precisava superar o rival e torcer por um revés do Chile para a Bolívia, em Santiago. Além de não conseguirem a vitória na capital equatoriana, os argentinos viram os chilenos derrotarem os bolivianos por 3 a 1, mais tarde.

Com o empate, a Argentina ainda lidera as eliminatórias com 26 pontos, mas o Chile (quarto colocado) possui cinco pontos a menos. Após esta rodada, vão restar nove em disputa.

Os quatro melhores times avançam diretamente ao Mundial. A quinta equipe disputa uma repescagem contra a vencedora da quinta etapa das eliminatórias asiáticas.

O Equador ocupa a terceira posição com 21 pontos, dois a menos do que a vice-líder Colômbia.

Os gols da partida desta terça-feira foram marcados por Agüero, de pênalti, aos 3min de jogo, e Castillo, aos 16min.

O confronto também foi marcado pela expulsão do volante argentino Mascherano. Aos 42min do segundo tempo, ele deu um pontapé no motorista do carro da maca e foi advertido diretamente com o cartão vermelho pelo árbitro Enrique Caceres.

Na próxima rodada, dia 10 de setembro, a Argentina visita o Paraguai. Já o Equador pega a Bolívia, fora de casa.

Eliminatórias sul-americanas

O JOGO

Com sete atletas considerados titulares e sem o astro Lionel Messi, poupado no primeiro tempo por ter se recuperado recentemente de uma lesão muscular, a Argentina foi armada pelo técnico Alejandro Sabella no esquema 4-4-2, mas sem um homem de referência. O ataque foi composto por Palacios e Agüero.

Apesar da ausência de seu principal jogador, a seleção partiu para o ataque em Quito. Logo no primeiro minuto, Di María arriscou de fora da área, o goleiro Dominguez deu rebote e fez pênalti em Palacios na sequência. Agüero converteu a infração.

Mas depois do gol, a Argentina praticamente assistiu ao rival jogar. Com descidas rápidas pelas laterais, o Equador passou a incomodar a zaga adversária.

Em um destes lances, aos 16min, Ayovi cobrou a falta na área, o zagueiro Castillo subiu livre e empatou o duelo de cabeça.

A igualdade animou os anfitriões, porém eles insistiram nas jogadas aéreas para o centroavante Caicedo e não obtiveram sucesso.

A Argentina voltou a assustar em chutes de média distância de Di María. Diferente do lance que culminou no pênalti para o time visitante, o goleiro Dominguez mostrou confiança nos outros arremates.

No segundo tempo, o Equador continuou melhor. Aos 8min, Caicedo ganhou a disputa com Basanta, tentou o drible sobre o goleiro Romero, caiu na área e pediu pênalti. Para o desespero do atacante equatoriano, o árbitro Enrique Caceres nada assinalou.

Cinco minutos depois, Caicedo pediu outra penalidade e foi advertido com o cartão amarelo.

Aos 15min, Sabella colocou Messi no lugar de Agüero. Em seu primeiro lance, o atleta do Barcelona finalizou de fora da área, mas a bola foi desviada para longe da meta equatoriana.

Com a necessidade da vitória, o técnico do Equador, Reinaldo Rueda, colocou sua equipe no ataque. Saritama e Ibarra entraram no confronto.

O treinador argentino, ao contrário, fechou seu time com a entrada de Biglia na vaga de Banega.

Aos 32min, no contra-ataque, Di María teve a chance de dar a vitória para a Argentina. Ele invadiu a área livre, não chutou, nem serviu Palácios e a bola se perdeu pela linha de fundo.

Cinco minutos depois, Messi arrancou com velocidade e encheu o pé, mas errou o alvo.

Aos 42min, Mascherano pediu atendimento, acertou um pontapé nas costas do motorista do carro da maca e foi expulso com um cartão vermelho direto.

A atitude do argentino revoltou os equatorianos e houve uma confusão, rapidamente controlada.

O Equador pressionou até o fim, mas esbarrou na zaga adversária e não conseguiu fazer o gol da vitória no estádio Olímpico Atahualpa.