Na tentativa de evitar uma goleada em sua estreia na Copa das Confederações, o Taiti entrará em campo nesta segunda-feira contra a Nigéria, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, retrancado e com um sonho na cabeça: marcar ao menos um gol.

Sem cobrança por resultados, a equipe amadora quer usar a seu favor a baixa expectativa em relação a seu futebol e a condição de zebra.

Apesar de reconhecer que seu elenco não tem "habilidade nem velocidade", o técnico taitiano, Eddy Etaeta, vê como ponto positivo jogar sem "nenhuma pressão".

Se o gol vier, a equipe campeã da Oceania promete comemorar com dança coreografada. Seria a realização do "rêve" (sonho em francês), palavra que o grupo vêm repetindo durante as entrevistas concedidas nos dez dias em que está em Belo Horizonte.

A principal preocupação, porém, é evitar tomar gols. O esquema tático de Etaeta praticamente renuncia ao ataque ao armar uma linha com cinco defensores, quatro meio-campistas e um atacante.

Desembarque do Taiti no Brasil

A experiência de jogar num grande estádio como o Mineirão, que tem capacidade para 62 mil pessoas, é incomum para a seleção. "Nós sempre jogamos para cem, 300 pessoas", afirma o técnico.

Para o jogo contra a Nigéria, porém, foram vendidos pouco mais de 17 mil ingressos, até agora o menor público previsto no torneio.

Os próximos confrontos do Taiti serão contra a Espanha, no Maracanã, e contra o Uruguai, em Recife.

AMADORES

Primeira seleção estrangeira a chegar no Brasil para o torneio, o Taiti tenta usar a Copa das Confederações para impulsionar a profissionalização de seu futebol.

A ilha, que pertence à Polinésia Francesa, tem apenas um profissional na atual seleção. Os demais jogadores têm outros empregos, como entregador, operador de telefonia etc.