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PM diz que manifestantes "aparentavam" ter intenção de invadir estádio em Brasília

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A Polícia Militar do Distrito Federal justificou o uso da força para conter os manifestantes antes do jogo de sábado, entre Brasil e Japão, porque eles "aparentavam" querer invadir e depredar o Estádio Mané Garrincha.

Um confronto entre a PM e manifestantes no sábado, antes de começar o jogo, deixou pelo menos 29 pessoas feridas (quatro policiais) e 30 manifestantes foram detidos.

Todos foram liberados na noite de anteontem.

A polícia usou bala de borracha, bomba de efeito moral e gás pimenta contra os manifestantes que estavam próximos aos portões do estádio.

A manifestação tinha como objetivo criticar as obras da Copa e apoiar o movimento do passe livre em São Paulo. Mas se juntaram a eles punks, indígenas, professores e sem-teto. Um grupo começou a xingar os torcedores que estavam nas filas.

Assim escreveu o delegado ao relatar a versão dos policiais: "os envolvidos aparentavam estar com indícios de invasão e danificação ao Estádio Nacional".

A informações está relatada no auto da prisão dos manifestantes, ao qual a Folha teve acesso, produzido a partir do depoimento de policiais militares que conduziram os detidos até a delegacia e dos próprios manifestantes.

Segundo os policiais, manifestantes estavam com pedras nas mãos e portavam pelo menos uma faca de cozinha, além de pequena quantidade de maconha. E resistiram aos pedidos para terminarem com o "tumulto", afirmaram os policiais.

Os manifestantes, por outro lado, dizem que o protesto era pacífico e que os policiais atiraram até em estudantes que estavam de costas para a tropa de choque.

Apesar da presença de 3.200 policiais, incluindo batalhão de choque, cavalaria e helicópteros nas imediações do estádio, o documento descreve que o início da operação ocorreu durante o "serviço de patrulhamento e ronda de praxe".

Entre os 16 presos que foram levados para o Distrito Polícia na área do estádio, a maioria era de estudantes, sendo 11 universitários entre 19 e 22 anos. Também foram presos dois professores (um deles de inglês) e um servidor público da Valec (estatal do setor ferroviário).

Eles vão responder por desacato, promoção de tumulto, prática ou incitação a violência ou invasão de local restritos aos competidores. Nenhum dos detidos tem filiação partidária.
Os policiais admitiram pelo menos um atropelamento de um manifestante com motocicleta e que um dele foi lesionado no rosto.

No momento que os presos eram levados para as viaturas, segundo o documento, um deles fugiu mesmo algemado, para "local incerto e não sabido".

O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, considerou "equilibrada" a atuação da PM.

Ontem, o governo do DF divulgou um release com o título: "Brasília jogou junto na Esplanada" para falar que considerou um sucesso a festa promovida com shows antes e depois do jogo.

COM MÁRCIO FALCÃO, FERNANDO MELLO, FILIPE COUTINHO E MATHEUS LEITÃO

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