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Pelé explica que é a favor das manifestações, mas não as vaias à seleção

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Por meio de sua assessoria de imprensa, Pelé explicou o depoimento dado a TV Tribuna, de Santos, na manhã desta quarta-feira, e disse que apoia as manifestações populares que têm tomado as ruas do país desde o início do mês.

O Rei do futebol disse que é contrário as vaias à seleção brasileira. Para ele, as pessoas devem apoiar a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari na Copa das Confederações, pois o torneio irá preparar o país para a disputa da Copa do Mundo-2014 e precisa de confiança.

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Nas redes sociais, alguns manifestantes sugeriram que os torcedores vaiassem o time e boicotassem os jogos da competição organizada pela Fifa.

No entanto, os torcedores que assistiram o duelo entre Brasil e México, no Castelão, em Fortaleza, cantaram o hino nacional e exibiram faixas contra o aumento das tarifas de transporte público, a corrupção e os gastos da Copa do Mundo.

Pelé foi tricampeão do mundo pela seleção brasileira em 1958, 1962 e 1970. No primeiro título, tinha apenas 17 anos e iniciou o torneio como reserva. Defendeu o Brasil de 1957 a 1971, com com 95 gols em 115 partidas --é o maior artilheiro.

O Rei do futebol é também o embaixador da Copa do Mundo do Brasil.

POLÊMICA

O depoimento de Pelé para a TV Tribuna foi gravado na manhã desta quarta-feira, antes do confronto Brasil x México. Na mensagem, ele citou até a antecessora da CBF. "Quem está falando aqui não é o Pelé. É o Edson, do tempo da CBD [Confederação Brasileira de Desportos], torcedor brasileiro".

"Vou pedir mais uma vez aos brasileiros para não confundirem as coisas. Estamos iniciando uma preparação para a Copa do Mundo. A Copa das Confederações serve muito para a gente ter uma base de como vai ser a nossa equipe", disse o Rei.

"Vamos esquecer toda essa confusão que está acontecendo no Brasil e vamos pensar que a seleção brasileira é o nosso país, é o nosso sangue. Não vamos vaiar a seleção. Vamos apoiar até o final", acrescentou.

PROTESTOS

Protestos contra o aumento das tarifas de transporte público têm mobilizado o país. Os manifestantes dizem que a ação não é apenas contra o aumento, mas também contra a corrupção do país e contra os gastos para a Copa.

Na capital paulista, os protestos têm sido organizados pelo MPL-SP (Movimento Passe Livre - São Paulo). Os reajustes nas passagens de ônibus, trens e metrô na cidade entraram em vigor no dia 1º de junho, passando de R$ 3,00, para R$ 3,20.

Na tarde desta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) informaram, no Palácio dos Bandeirantes, que a tarifa em São Paulo voltará a custar R$ 3 a partir da próxima segunda-feira.

Já foram organizadas seis passeatas nos dias 6, 7, 11, 13, 17 e 18. Os dois últimos reuniram cerca de 65 mil e 50 mil pessoas, respectivamente, segundo o Datafolha. Nesta quinta, os manifestantes vão se reunir novamente, na avenida Paulista.

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