O Brasil sofreu, mas conseguiu vencer a Itália por 4 a 2, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e terminou a primeira fase da Copa das Confederações na liderança do Grupo A com nove pontos.

Assim, a seleção vai enfrentar o segundo colocado da chave B (composta por Espanha, Uruguai, Nigéria e Taiti), que será conhecido na tarde deste domingo.

A semifinal será disputada em Belo Horizonte, na próxima quarta-feira, às 16h.

Classificada em segundo lugar, com seis pontos, a Itália vai enfrentar o líder do outro grupo, na quinta, em Fortaleza.

Os gols brasileiros deste sábado foram marcados por Dante, Neymar e Fred (2), que até então ainda não havia marcado na competição.

Nascido em Salvador, o zagueiro Dante entrou no lugar do lesionado David Luiz, ainda no primeiro tempo, e marcou um gol em impedimento aos 46min da etapa inicial.

Os tentos italianos foram marcados por Giaccherini e Chiellini. No segundo gol do time europeu, o árbitro chegou a marcar pênalti em Balotelli, voltou atrás e o defensor da Juventus completou para a meta brasileira. Apesar dos protestos do goleiro Júlio César, o juiz do Uzbequistão validou o gol.

O jogo desta tarde foi acompanhado por 48.874 torcedores no estádio que comporta 55 mil pessoas.

Além de passar como primeiro da chave, o Brasil manteve um tabu favorável com o êxito na capital baiana. Desde 1982, quando foi eliminada da Copa do Mundo-1982, a seleção não sabe o que é ser derrotada pelos italianos. Agora são quatro vitórias e três empates.

Brasil x Itália

O JOGO

Sem Paulinho, que torceu o tornozelo, o técnico Luiz Felipe Scolari escalou Hernanes em seu lugar. Esta foi a única mudança em relação à escalação titular dos dois jogos anteriores. A formação 4-3-3 foi mantida.

Já o treinador italiano Cesare Prandelli teve mais problemas. Ele não pode escalar o lesionado Pirlo e o suspenso De Rossi.

Com um time mais completo e ofensivo, o Brasil fez uma 'blitz' inicial. Oscar e Hulk quase fizeram o primeiro gol da partida antes dos 2min. O goleiro Buffon evitou o tento brasileiro.

A Itália, aos poucos, equilibrou as ações, mas não ameaçou Júlio César em nenhum momento da etapa inicial.

Antes dos 35min, os dois técnicos foram obrigados a mexer em suas equipes por contusões.

Montolivo e Abate foram substituídos por Giaccherini e Maggio. Abate, inclusive, saiu chorando após levar uma trombada de Neymar.

O zagueiro brasileiro David Luiz se chocou com Candreva e também deixou o confronto. Dante entrou no seu lugar aos 33min.

Nascido em Salvador, Dante foi o autor do gol brasileiro nos acréscimos do primeiro tempo. Aos 46min, em impedimento, ele aproveitou o rebote de Buffon após cabeçada de Fred e balançou as redes rivais.

A Itália não demorou para responder na etapa final. Aos 6min, o goleiro italiano cobrou o tiro de meta, Balotelli deu um lindo passe de calcanhar e deixou Giaccherini livre na área brasileira. Ele chutou cruzado para superar Júlio César e igualar o placar.

Mas nem deu tempo para os europeus comemorarem. Três minutos depois, Neymar sofreu uma falta quase na linha da grande área e cobrou com perfeição para recolocar os anfitriões em vantagem.

Sumido, Balotelli apareceu em um arremate de fora da área espalmado por Júlio César.

Sem conseguir fazer o gol de empate, a Itália ainda sofreu um duro golpe aos 20min. Marcelo fez um lançamento longo para Fred. O atacante dominou, ganhou a disputa com Chiellini e encheu o pé para marcar o terceiro tento brasileiro.

Quando a vitória parecia tranquila, aos 24min, Balotelli foi puxado por Luiz Gustavo na área. O árbitro uzbeque Ravshan Irmatov chegou a marcar o pênalti, voltou atrás e viu o zagueiro Chiellini fazer o gol na sequência. Apesar dos protestos, o juiz validou o tento.

Cauteloso, Felipão sacou Hulk e fechou a equipe com o volante Fernando. Antes, ele já havia tirado Neymar e promovido a estreia de Bernard no torneio.

A Itália partiu para cima e acertou o travessão em uma cabeçada de Maggio. Porém, de nada adiantou a pressão: aos 42min, Fred aproveitou uma sobra de Buffon, marcou seu segundo gol no confronto e definiu a vitória brasileira.

Arte/Folhapress