O meio-campista Marcos Senna, 36, que defendeu a Espanha na Copa do Mundo de 2006, comentou sobre a hegemonia da seleção espanhola, campeã dos dois últimos campeonatos europeus e do Mundial de 2010, na África do Sul, e que busca o inédito título da Copa das Confederações.

Aris Messinis - 27.jun.06/AFP

Marcos Senna divide jogada com Makelele durante Espanha x França, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2006

"Tive a oportunidade de jogar com esses jogadores e penso que são uma grande realidade. É o momento da Espanha, de uma era de jogadores muito bons e que criou uma identidade, uma base, uma forma própria de jogar. Isso faz com que a Espanha mantenha a sua performance independente de quem jogue", disse Senna, que jogou por 11 anos no futebol espanhol, pelo Villarreal, e vai atuar na próxima temporada no New York Cosmos, dos Estados Unidos.

Nascido em São Paulo, o brasileiro naturalizado espanhol foi campeão da Euro-08 com a Espanha e atuou pela equipe até 2010, quando foi cortado da relação final que foi à África do Sul. Quatro anos antes, no mundial alemão, Marcos Senna jogou com oito atletas do atual elenco espanhol, que ainda buscava experiência internacional.

Em 2006, Marcos Senna atuou ao lado dos goleiros Casillas (então com 25 anos), Reina (24), do zagueiro Sérgio Ramos (20), dos meias Iniesta (22), Xavi (26) e Fábregas (19) e dos atacantes Fernando Torres (22) e David Villa (24).

Com atuações em três jogos daquele Mundial, Marcos Senna viu a Espanha vencer as três partidas da primeira fase, mas ser eliminada nas oitavas de final pela França, que sagrou-se vice-campeã do torneio.

"Com certeza a gente aprendeu com aquela derrota. Mas acho que de qualquer forma a Espanha iria chegar aonde chegou. Após aquela eliminação a seleção espanhola foi indo, crescendo, ganhou três títulos importantes e agora está em busca do quarto", afirmou.

	Ronald Vittek - 19.jun.06/Efe
	Marcos Senna (camisa 16) posa para foto com a seleção espanhola na Copa de 2006; equipe foi a base da campeã mundial em 2010, na África do Sul: Casillas (1), Sergio Ramos (15), Xabi Alonso (14), Fernando Torres (9), Xavi (8), Villa (21) e Puyol (5)

O meio-campista acredita que a seleção brasileira deverá encontrar a espanhola na final desta competição.

"É normal pensar numa final entre Brasil e Espanha, apesar de a Itália sempre chegar aos trancos e barrancos. Mas acho que a final vai ser entre Brasil e Espanha, tenho uma expectativa bastante positiva em relação a essa possível final", disse.

NEW YORK COSMOS

Após sua saída do Villarreal, Marcos Senna assinou um contrato até o fim de 2014 com o New York Cosmos, mesmo clube onde o Pelé e Carlos Alberto Torres atuaram nos anos 70.

"Achei que era o momento, completei um ciclo no Villarreal e achei que era hora de sair. Considero mais um sonho realizado jogar nos Estados Unidos porque é um time histórico, Pelé jogou lá. Então coloquei na balança e isso fez com que eu decidisse", afirmou o jogador, que tem apresentação prevista no dia 8 de julho.

Sobre a possibilidade de voltar ao Brasil, Marcos Senna acredita ser difícil.

"Até penso em voltar ao Brasil, mas estou ciente da minha idade avançada, em julho farei 37 anos e tenho um ano e meio de contrato com o Cosmos", disse.

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