Bernard supera Lucas e vira 1ª opção de Scolari
Menos de um mês mais novo que Lucas, o meia-atacante do Atlético-MG Bernard tomou o lugar do ex-são-paulino como xodó da seleção e, principalmente, como opção de velocidade para o técnico Luiz Felipe Scolari.
Nas quatro partidas da Copa das Confederações até agora, cada um entrou em duas. Lucas, nas duas primeiras, e Bernard, nas duas últimas --o clássico com a Itália e a semifinal ante o Uruguai.
Além de os jogos de Bernard terem sido mais importantes, ele também ficou mais tempo em campo, 38 minutos contra 27 de Lucas.
"É uma disputa sadia [com Lucas], uma busca de espaço tanto minha quanto dele", disse Bernard.
O atleticano não havia jogado um minuto com Felipão antes de ser convocado para a Copa das Confederações.
Apesar de terem a mesma idade, 20 anos, Lucas tem tido chance na seleção há mais tempo --foi reserva na Copa América-11, com Mano Menezes como treinador, e suplente em Londres-2012.
Em todos os jogos da seleção desde o início da preparação, Lucas tem o nome gritado nas arquibancadas mesmo quando o time vence. Ele disse que não entende bem essa idolatria, mas fica feliz.
No Mineirão, houve um momento em que Lucas foi pedido, mas perdeu em sonoridade para Bernard, que a cada cinco minutos tinha o nome lembrado pelos torcedores -devido ao fato de jogar no Atlético-MG.
"A entrada do Bernard foi uma coisa até meio estranha. Eu via que o time não estava correspondendo. Sentei com o Parreira e o Murtosa, e o Parreira disse: 'O técnico é tu; o feeling é teu'. E aí está, vai o Bernard", disse Felipão, que dias antes declarou querer muito pôr Bernard em campo porque via que o jogador tem "alegria nas pernas".
Lucas deixou o vestiário após a vitória sobre o Uruguai emburrado. Passou rapidamente pela zona mista, corredor por onde passam para atender a imprensa.
Bernard disse que os dois são amigos e até já dividiram quarto. Felipão gosta de revezar a dupla que fica nos dormitórios para ambientar os mais jovens.
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