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'Não somos os melhores, mas podemos levar a Copa', diz Parreira

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Principal conselheiro de Luiz Felipe Scolari na Copa dos Confederações, o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, disse em entrevista à Folha que a seleção ainda não está pronta para o Mundial, mas mostrou que os espanhóis não são "imbatíveis".

Pela primeira vez trabalhando com Felipão, o carioca de 70 anos afirmou que o grande trunfo do treinador gaúcho é a "sinceridade".

Disse que os jogadores não são "alienados" e desabafou sobre os críticos:

"É uma idiotice quando dizem que estamos ultrapassados [o treinador tem 64 anos]. Mostramos que quando temos tempo para trabalhar, resolvemos. Parafraseando o [presidente dos EUA, Barack]Obama: 'Yes, we can' [sim, nós podemos]"

Folha - Após mais de um mês com os jogadores, qual o saldo da Copa das Confederações?
Parreira - Os pontos positivos foram a afirmação do Fred como artilheiro, a recuperação do Júlio César e a confirmação do Neymar. Mas todos foram importantes. O Luiz Gustavo foi um achado. O Paulinho fez uma competição impressionante.

Adriano Vizoni/Folhapress
O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, durante entrevista
O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, durante entrevista

A Espanha estava engasgada?
Ainda acho a Espanha a melhor do mundo. No final do jogo, vimos os números e ficamos impressionados porque eles tiveram um desempenho melhor. Mas mostramos que eles não são imbatíveis e que podemos ganhar.

A seleção está pronta para a Copa?
Ainda não. Nós não somos os melhores do mundo ainda. Mas conseguimos mostrar que somos capazes. A conquista não foi atropelada.

Como foi trabalhar com o Felipão pela 1ª vez num torneio?
O Felipão é transparente, sincero. Ele não faz tipo. Não é grosso, mas um cara simples. Ele agrada aos jogadores por isso. Tem um vocabulário sincero. O Felipão diz no vestiário para um zagueiro: "Pelo amor de Deus, dá um chutão pra frente".

Como dividiram as tarefas?
Ele é a principal figura na comissão técnica. Estou ali para dar sugestões e não para criar problemas. Sei que o trabalho de treinador é solitário. Logo quando entramos, apresentei um calendário com toda a programação da seleção até o final da Copa das Confederações. Fora isso, conversamos também sobre o time. No torneio, ele tinha uma dúvida se colocava o Lucas, o Bernard ou o Jadson pela direita. Os três mudariam muito pouco a maneira do time jogar, mas vale a conversa. A decisão é do treinador, mas ele sai da conversa com mais convicção. Não resolvo as coisas táticas, mas dou subsídio para ajudá-lo.

O que fez a diferença?
A seriedade da comissão técnica. Somos atualizados, temos experiência e acesso a tecnologia. Usamos um software moderno para observar o desempenho dos adversários e da seleção. É uma idiotice quando dizem que estamos ultrapassados. Estamos atualizados com tudo de mais moderno. Além disso, todos jogam futebol de maneira igual. No campo, quem faz a diferença é o jogador. Mostramos que quando temos tempo, resolvemos. Parafraseando o Obama: 'Yes, we can' [sim, nós podemos].

Como foi administrar a pressão dos protestos nas ruas? Ficaram assustados com a dimensão das manifestações?
Foi um momento delicado. Naqueles dias, nos reunimos com os jogadores e decidimos que a seleção não era lugar de protestos. Acredito que futebol e política não se misturam. Mas lá não tem alienado. Todos sabem que o país quer mudar. Na reunião, fechamos que os jogadores poderiam se manifestar como cidadão pelas redes sociais. Foi isso que eles fizeram e acho que resolvemos bem.

A torcida surpreendeu vocês?
A simbiose entre os jogadores e a torcida foi maravilhosa. A execução do hino foi emocionante nos jogos e terminou com aquele espetáculo no Maracanã. Nunca tinha visto nada igual. No Rio, a torcida criou uma frase que nenhuma agência de publicidade conseguiria. Aquele coro de "o campeão voltou" foi demais. Acho que esse deve ser o nosso logo na Copa.

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