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Após atraso em obra, governador da BA diz que turista da Copa não anda de metrô

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Um dia após anunciar um novo atraso na inauguração do trecho inicial do metrô de Salvador, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que há "certa demagogia" sobre o chamado legado da Copa do Mundo de 2014.

"O turista que vier para isso [o Mundial] não vai andar de metrô. Turista que vier para isso tem grana, vai ficar no hotel, vai pegar sua van, que vai levar direto [para o estádio] pelo corredor exclusivo, aquelas coisas todas", afirmou o petista durante participação em um programa da TV Itapoan, afiliada da Rede Record no Estado.

"O pessoal fica com certa demagogia. O metrô é consequência da Copa, que todo mundo [o governo] se mexeu? É. Mas não é para a Copa, é para o povo. Vai ficar para 30, 40 anos", completou.

Em maio de 2012, ao anunciar que Salvador estava garantida como uma das sedes da Copa das Confederações, Wagner havia declarado em entrevista: "A Copa tem que deixar um legado para a cidade, além da própria Fonte Nova [estádio dos dois eventos]".

DESDE 1999

A linha 1 do metrô soteropolitano já está em obras há 13 anos, consumiu mais de R$ 1 bilhão e até hoje não entrou em funcionamento.

Desde abril, quando tomou para si o controle do sistema das mãos da prefeitura, o governo Wagner assegurava que a inauguração aconteceria em junho, a tempo da Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, porém, admitiu pela primeira vez que não conseguirá cumprir o prazo e passou a prometer uma "operação assistida", isto é, em caráter experimental, nos dias das partidas.

A entrega oficial da linha 1 do metrô, agora, está prevista para setembro do ano que vem. Uma de suas estações está construída ao lado da Arena Fonte Nova.

A mobilidade urbana da cidade faz parte da matriz de responsabilidades da Copa assinada pelo governador em 13 de janeiro de 2010.

Nesta quinta, Wagner ainda negou que o metrô seja um compromisso do Estado com a Fifa, pediu apoio da imprensa --"tem que botar para cima, caramba"-- e se disse "retado" [arretado] com as empresas baianas OAS e Odebrecht, que desistiram da nova licitação do sistema, esta semana.

"Que eu me retei [arretei], eu me retei [arretei]. É evidente que eu to retado [arretado]", afirmou à TV.

Na véspera, Wagner se disse "em profunda decepção" com a desistência da dupla.

"É pouco carinho com a terra onde nasceram. Conheço muito empreiteiro que vai na risca do negócio para favorecer a sua terra natal. Aqui, acharam que iam perder dinheiro", disse o petista.

Outros dois consórcios também chegaram a formalizar interesse, mas não apresentaram ofertas: Queiroz Galvão e UTC Participações.

O vencedor da licitação foi o grupo CCR, que opera a Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, a ponte Rio-Niterói e a via Dutra.

O consórcio apresentou proposta de R$ 127,6 milhões por ano como contrapartida do Estado, valor é 5% inferior ao teto estabelecido no edital (R$ 136 milhões).

OUTRO LADO

Por meio de sua assessoria de comunicação, a Odebrecht informa que já investe e participa das discussões sobre o projeto desde junho de 2011 e "reafirma seu compromisso com o desenvolvimento da Bahia", mas diz que a licitação era economicamente inviável.

"Infelizmente, as conclusões dessas análises não permitiram que a empresa apresentasse uma proposta sustentável em relação aos compromissos pretendidos pelo governo", afirma a nota.

A OAS não se manifestou sobre o assunto.

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