Estádio mais atrasado do Mundial de 2014, a Arena da Baixada, em Curitiba, vive um impasse: Estado, município e Atlético-PR (dono do local) ainda não chegaram a um denominador comum sobre o custo total da obra.

O valor inicial, previsto em 2010, era de R$ 186,4 milhões, dividido igualmente entre as três partes envolvidas. Mas, no fim de julho deste ano, o clube anunciou que o preço chegará a R$ 265 milhões, com R$ 230 milhões repartidos, e que bancará os R$ 35 milhões restantes.

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O poder público, contudo, diz que não é bem assim. "O contrato tripartite é de R$ 184 milhões. Estamos trabalhando em cima disso. O Atlético divulgou um valor, mas oficialmente nada nos foi informado", diz Mario Cunha, secretário de Estado para assuntos da Copa.

Cunha concorda que há possibilidade de correção prevista em lei, mas diz que isso não foi discutido.

A Prefeitura de Curitiba também critica o estouro do orçamento. "O Atlético divulgou que o valor atualizado é de R$ 265 milhões. Contudo, não há obrigatoriedade de que essa nova quantia seja rateada em três partes", informou o município em nota.

Com 75% das obras concluídas, a Arena da Baixada perdeu a cobertura retrátil do seu projeto original para apressar a construção, segundo informou a Fifa durante evento na cidade, há dez dias.

"Foi uma exigência da Fifa, sim, não para acelerar a obra, mas por uma questão de padronização dos 12 estádios, que todas as arenas tenham a cobertura igual", afirmou Cunha.