Itaquerão é o terceiro estádio da Copa a ter morte após acidente
O acidente que deixou dois mortos no Itaquerão, nesta quarta-feira, depois que uma peça da cobertura desabou, não foi o primeiro em estádios que serão utilizados na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. As obras somam agora quatro mortes.
Em junho do ano passado, um operário de 21 anos morreu ao cair de uma altura de 30 m enquanto trabalhava nas obras do Estádio Nacional, palco da Copa em Brasília.
Em março deste ano, um acidente na Arena da Amazônia, em Manaus, causou a morte de um outro operário. Raimundo Nonato Lima Costa caiu de uma altura de 5 m e sofreu traumatismo craniano, segundo o Instituto Médico Legal (IML). Costa tentava passar de uma coluna para o andaime, mas acabou se desequilibrando.
Outros acidentes já aconteceram nas arenas que passam por obra. Em agosto de 2012, um andaime caiu e deixou cinco operários feridos no Estádio Nacional.
Em maio deste ano, uma parte da cobertura da Fonte Nova não resistiu a uma chuva forte que atingiu Salvador e acabou rasgando devido ao acúmulo de água. O problema ocorreu no setor leste do estádio, em um dos 36 painéis da membrana de cobertura do estádio, que se rompeu.
Em outubro, a Arena Pantanal, estádio que abrigará jogos da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT), registrou um incêndio, mas ninguém ficou ferido. O fogo começou às 15h e atingiu placas de isopor localizadas no subsolo da ala oeste do estádio, abaixo da arquibancada.
NÃO É ESTÁDIO DA COPA
Em abril deste ano, a queda de parte da arquibancada na obra da Arena Palestra, o novo estádio do Palmeiras, na zona oeste de São Paulo, matou um operário e deixou outro ferido. Segundo a polícia, Carlos de Jesus, 34, morreu ao cair com uma laje após quatro vigas cederem em área na qual estavam sendo construídos camarotes da arena.
Já o Engenhão ficará fechado até o fim de 2014. O estádio foi interditado por problemas estruturais detectados em vistoria da prefeitura. A cobertura será submetida a obras de reforço.
Inaugurado em 2007, o estádio custou R$ 380 milhões. De acordo com a análise do município, o problema ocorreu por uma falha de projeto. O laudo apresenta fotos com parte da estrutura de sustentação torta e danificada.
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