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Pacífico, superclássico do Irã divide torcidas simetricamente

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O jogo só começa depois que o alto falante entoa versículos do Corão. As torcidas rivais são pacíficas e bem humoradas. Mulher não entra no estádio.

Bebida alcoólica, claro, é proibida, como no resto do país, mas fumar na arquibancada é permitido.

Estas são as marcas registradas da liga profissional iraniana, que viveu nesta sexta seu superclássico entre os times de Teerã, encerrado num morno empate sem gols, diante de 90 mil pessoas.

De um lado, o vermelho Persepolis, que se orgulha de ser "do povão" e jura ter a maior torcida da Ásia. Seu astro e ídolo é o goleiro brasileiro Nilson, ex-seleção sub-23 e ex-Vitória de Guimarães.

Do outro, o azul Esteghlal, time associado às elites e que tem entre seus torcedores o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O destaque é o volante Jlloyd Samuel, de Trinidad e Tobago, ex-Aston Villa.

Boa parte da seleção iraniana que disputará a Copa do Mundo no Brasil atua pelos times da capital, ambos ligados ao governo.

As torcidas ocupam metades simetricamente idênticas do imponente estádio Azadi, que tem gramado bom e dois cartazes dos líderes supremos do passado e do presente –aiatolás Ruhollah Khomeini e Ali Khamenei– cravados no meio do anel superior.

O público, que prefere usar bandeiras e chapéus em vez da camisa do time, só se anima em lances de perigo.

As mães dos jogadores e do juiz da partida são copiosamente xingadas.

As torcidas se provocam à distância com cantos e gestos obscenos. Mas todo mundo chega e sai junto do estádio, sem qualquer sinal de animosidade.

No intervalo, um rapaz no meio da massa vermelha é acusado de apoiar o arquirrival. Em vez de agressões, gargalhada geral.

"Se a cerveja fosse liberada, o clima seria mais agressivo", avalia um jornalista ocidental, que está radicado há anos no Irã.

A partida foi truncada, com poucas chances de gol.

"O clássico deles é assim mesmo, todo mundo joga amarrado. É meu quarto 0 a 0 seguido contra o Esteghlal", disse Nilson à Folha.

O resultado beneficiou os azuis, que lideram o campeonato e mantiveram os quatro pontos à frente do Persepolis, terceiro colocado, faltando seis partidas para o término da temporada.

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