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Guerras, crises econômicas e boicotes atravancam as primeiras Copas

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Os 3.779 km que separam Porto Alegre de Recife foram demais para os franceses. Em 1950, disputar uma Copa no longínquo Brasil era um problema para os europeus.

Como ainda teria de fazer um grande deslocamento interno por conta da tabela, a França desistiu do Mundial, algo que parece impensável para um time hoje em dia.

Editoria de Arte/Folhapress

Até o início dos anos 50, no entanto, casos como esse não eram surpresa. A Copa que hoje mobiliza mais de 4 bilhões de pessoas ainda era um torneio que tentava se firmar em meio a guerras, crises econômicas e improvisos.

O crash da Bolsa de Nova York assombrou a primeira edição, em 1930. Os quatro times que viajaram de navio por duas semanas para chegar ao Uruguai só entraram a bordo porque o governo uruguaio pagou a viagem.

O sonho de Jules Rimet, presidente da entidade, enfim se realizava após quase dez anos de negociações.

A Copa seguinte, em 34, serviu para um propósito que a marcaria até a Segunda Guerra: a propaganda política. Benito Mussolini bancou o Mundial na Itália e o usou para enaltecer o fascismo.

O Uruguai, por conta do boicote europeu em 30, não defendeu seu título, e 16 equipes jogaram pela taça, três a mais que a edição inaugural.

O torneio parecia embalar em 1938, com 37 seleções inscritas nas eliminatórias. Mas com a tensão crescente na Europa, só 15 foram à França -a Espanha, em guerra civil, e a Áustria, anexada pela Alemanha nazista, ficaram de fora.

Quando a guerra eclodiu, não havia mais espaço para a bola. As Copas de 1942 e 1946 foram canceladas.

E após o fim do conflito só o Brasil se apresentou para sediar o evento, com 13 times.

O Maracanã foi erguido em dois anos e recebeu, entre outras, a partida que até hoje é a maior tragédia do futebol brasileiro: a derrota para o Uruguai na final de 1950.

O Mundial começou a engrenar, enfim, em 1954, com 45 inscritos. E não parou mais.

Em junho próximo, a França viajará 3.090 km de Porto Alegre a Salvador. Pode até reclamar, mas jamais desistiria de uma Copa por isso.

Folhapress/Arte Folha
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