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Fifa fará campanha contra a homofobia no futebol

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Depois do combate à discriminação racial, a Fifa inicia campanha contra o preconceito sexual no futebol.

O tema ainda é o principal tabu do esporte, com pouquíssimos casos de atletas assumindo publicamente ser homossexual.

O recente anúncio de Thomas Hitzlsperger, 31, um ex-jogador alemão que participou da Copa do Mundo de 2006, admitindo ser gay rendeu apoio público da Fifa e a promessa de rigor na punição se casos de preconceito forem identificados.

Editoria de Arte/Folhapress

Na festa que elegeu os melhores do futebol em 2013, na metade deste mês, em Zurique, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez um discurso apenas para os convidados e para os jornalistas presentes, antes do início da transmissão do evento para o mundo.

E, desta vez, junto com a preocupação a ofensas raciais e religiosas nos estádios, que já rendem multas e suspensões a clubes, jogadores e torcedores, Blatter citou também que é necessário atenção com o preconceito à opção sexual dos atletas.

"Não importa a cor, não importa quem é a escolha para ser seu parceiro [em um relacionamento]. O que importa no futebol, o que tem de importar no futebol realmente, é como o jogador se comporta dentro de campo", disse o dirigente.

A Fifa deve eleger Hitzlsperger, que jogou por Lazio (ITA) e Aston Villa (ING), entre outros times, como porta-voz contra a discriminação à orientação sexual dos jogadores de futebol.

NO PAPEL

As sanções para o preconceito contra gays ou bissexuais são as mesmas para casos de discriminação racial ou religiosa.

Uma resolução elaborada no último Congresso da entidade, realizado em maio de 2013, em Maurício, definiu dois níveis de punições.

Na primeira ofensa, e se for considerada de menor grau pelo Comitê Disciplinar da Fifa, a pena pode variar de advertência a multa, suspensão ou o clube jogar em estádio com os portões fechados, em caso de manifestações racistas de seus torcedores.

Na reincidência, ou se a primeira ofensa for considerada grave, pode haver perda de pontos, eliminação da competição e até o rebaixamento, no caso dos clubes e suspensões mais longas no caso de atletas.

Torcedores também estão sujeitos a punição e podem ser proibidos de frequentar estádios por dois anos.

A discriminação sobre a orientação sexual é, na análise de membros da Fifa, a mais difícil de ser detectada porque acontece normalmente dentro do vestiário dos próprios clubes.

Como normalmente os jogadores se negam a revelar essa opção publicamente, não há o ato discriminatório público, de torcedores, por exemplo.

INCOMUM

Ainda são poucos os casos de jogadores que assumem serem gays ou bissexuais.

Antes de Hitzlsperger, o caso mais repercutido foi da goleira alemã Nadine Angerer, 35, que assumiu ser bissexual em 2010.

Neste mês, ela ganhou o prêmio de melhor jogadora de 2013, batendo a brasileira Marta e a norte-americana Abby Wambach. Na festa de gala da entidade esteve com a parceira a seu lado.

No ano passado, o norte-americano Robbie Rogers, admitiu ser homossexual encerrando a carreira aos 25 anos.

Depois acabou voltando a atuar pelo Los Angeles Galaxy, se tornando um dos únicos gays assumidos a estar em atividade em uma grande liga profissional.

Não há registro na Fifa de punições em caso de discriminação a opção sexual. Por outro lado, a entidade vem punindo outros tipos de manifestações racistas.

Recentemente, o Comitê Disciplinar da Fifa sancionou o zagueiro croata Simunic com dez jogos de suspensão e R$ 70 mil em multa por comemorar a classificação de sua seleção para a Copa-2014 com saudações nazistas. A entidade considerou o ato discriminatório porque o gesto feito era usado durante a Segunda Guerra Mundial.

Com essa punição, Simunic está fora da Copa.

Há um ano, a seleção da Bulgária foi multada em mais de R$ 70 mil e teve que jogar uma partida com portões fechados por causa de cantos racistas contra o dinamarquês Patrick Mtiliga, que é negro. O jogo era válido pelas Eliminatórias da Copa no Brasil.

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