Em um estádio Vicente Calderón lotado, o Atlético de Madri conseguiu uma classificação histórica para a semifinal da Liga dos Campeões ao vencer o Barcelona por 1 a 0, com gol de Koke, aos 5 min da etapa inicial.

No jogo de ida, em Barcelona, as duas equipes haviam empatado por 1 a 1.

O resultado ainda impediu que a equipe catalã chegasse à semifinal da Champions pela sétima vez consecutiva.

O resultado que levou os madrilenhos a igualar uma trajetória que não alcançava há 40 anos na competição foi justo, premiando o time que foi superior no placar e no duelo de estilos, no qual prevaleceu a disciplina da marcação do Atlético sobre a conhecida posse de bola e qualidade do Barça.

O Atlético espera o sorteio da Uefa, na sexta-feira, para saber quem irá encarar nas semifinais: Real Madrid, Chelsea ou Bayern de Munique, que nesta quarta eliminou o Manchester United.

Pierre Philippe Marcou/AFP

Neymar reclama de falta perto do árbitro inglês Howard Webb, no estádio Vicente Calderon, em Madri

O JOGO

Com energia, os atleticanos abriram o placar com Koke, aos 5 min, e fizeram verdadeira blitz no ataque até os 15 minutos. Foram três bolas na trave no primeiro tempo, uma delas que deu origem ao lance do gol.

Além de ter sido mais efetivo, o time de Diego Simeone foi pouco ameaçado pelas feras da Catalunha. O Barça tocava a bola, abusava das inversões de lado do campo e, mesmo assim, pouco produziu.

Messi finalizou duas vezes: uma de cabeça, após cruzamento de Daniel Alves, aos 12 min, e aos 21, depois de jogada individual brilhante de Neymar pelo lado esquerdo do ataque.

No início da etapa final, o Barcelona até tentou dar o troco usando da mesma intensidade que o rival utilizou no início da partida. A marcação do Atlético parecia mais frouxa e os culés tentaram o gol, mas sem sucesso. Neymar, de cabeça, teve a melhor chance da equipe.

A escolha de Gerardo Martino foi colocar mais jogadores na área com Sanchis e Pedro, mas a perda de Iniesta e Fábregas também abriu espaços e tornou o Atlético novamente perigoso. Gabi e Cristian Rodríguez tiveram a chance de liquidar o jogo, mas não foi preciso. A festa, de qualquer maneira, seria colchonera.

Neymar jogou pela esquerda do ataque do Barcelona, como chegou a pedir o técnico da seleção Luiz Felipe Scolari. E foi por lá que ele criou as melhores chances do time.

Pierra Philippe Marcou/AFP

Neymar, do Barcelona (de uniforme preto) disputa a bola com Miranda, do Atlético de Madri