Blatter diz que jogar com portões fechados é pena 'excessiva' para racismo
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, publicou em sua coluna na edição desta semana da revista "Fifa Weekly" que considera jogos com portões fechados com uma punição "desproporcional" para casos de racismo no futebol.
Segundo o mandatário, esse caso de pena acaba prejudicando torcedores inocentes e atrapalhando a atmosfera festiva desejada que um estádio deve ter.
"Considero essa penalidade um instrumento extremamente duvidoso. É uma punição desproporcional se você pensar no coletivo, já que exclui, por exemplo, torcedores dos times adversários", escreveu o mandatário.
Apesar da crítica feita por Blatter, os jogos sem a presença de torcedores são uma das penas permitidas pelo código da Fifa para casos de ofensas raciais porque alguns dos seus torcedores imitaram macacos e fizeram saudações nazistas nas arquibancadas.
"Jogos com portões fechados penalizam o futebol. É uma punição excessiva. São os causadores de problemas que devem ser punidos. Mas é claro que os times são responsáveis por seus vândalos."
Blatter ainda defendeu que casos de racismo provoquem punições esportivas, como perda de pontos e desclassificação de equipes dos campeonatos.
Vanderlei Almeida/AFP | ||
Joseph Blatter, durante entrevista na Costa do Sauípe, em dezembro |
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