A menos de 50 dias do início da Copa, Pelé afirmou nesta quinta-feira que pela primeira vez na história a seleção vai disputar um Mundial com uma defesa melhor que o ataque e lamentou a decisão de Diego Costa de não jogar pelo Brasil.

Segundo o Rei do Futebol, o centroavante do Atlético de Madri seria a peça que poderia fortalecer aquele que ele considera ser o setor mais frágil do time de Luiz Felipe Scolari.

Para a tristeza de Pelé, Diego Costa se naturalizou espanhol e deve defender a atual campeã do mundo na Copa.

"Não temos muitos jogadores de ataque prontos para jogar na seleção hoje. O Diego [Costa] estaria nessa situação, já que está tendo bastante sucesso na Europa. Seria uma grande aquisição para o Brasil", disse, durante um evento de gestão esportiva.

A falta de opções ofensivas para Felipão é a maior preocupação do jogador tricampeão mundial para a Copa.

Enquanto os quatro titulares da defesa da seleção, Daniel Alves (Barcelona), Thiago Silva (PSG), David Luiz (Chelsea) e Marcelo (Real Madrid), atuam em times que chegaram pelo menos às quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, o ataque tem um jogador que atua no futebol russo (Hulk, do Zenit) e outro de pouco sucesso quando atuou no velho continente, Fred, do Fluminense.

"Estamos com alguma dificuldade no ataque. Como equipe, pela primeira vez, vamos para um Mundial melhor preparados na defesa do que no ataque", ressaltou Pelé.

Ele, no entanto, lembrou que a situação poderia ser pior se Neymar não tivesse trocado o Santos pelo Barcelona.

"A melhor coisa para o Neymar e a seleção foi ele ter jogado esses oito meses no Barcelona, em alto nível."

Sobre a fratura no quarto metatarso no pé esquerdo que pode fazer com que o atacante não atue mais pelo clube catalão nesta temporada, Pelé disse que "nunca é bom se machucar", mas não mostrou preocupação sobre o risco de a contusão prejudicar o craque brasileiro na Copa.