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Portugal investiga se Felipão deixou de declarar mais de R$ 21 milhões

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O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, 65, está sendo investigado em Portugal por supostamente não declarar mais de € 7 milhões (equivalente hoje a R$ 21,2 milhões) ao Fisco, referentes a direitos de imagem. O valor teria sido pago ao longo dos anos de 2003 e 2008, quando ele treinava a seleção daquele país. Se declarado culpado, a pena máxima é de 17 anos de prisão.

A informação consta em uma solicitação feita pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Portugal (Diap) da Procuradoria-Geral da República à Justiça norte-americana. O documento, obtido pelo site www.offshorealert.com, foi revelado pela publicação holandesa "Het Financieele Dagblad" (FD).

Procurado pela reportagem, Scolari afirmou, via assessoria de imprensa, que sempre declara os rendimentos. O técnico, porém, não respondeu a perguntas específicas sobre a sua relação com as empresas citadas nem sobre o suposto envolvimento de seu filho.

"Eu fiz todas as minhas declarações de renda corretamente. Em todos os países que trabalhei, sempre declarei os meus rendimentos. Tenho absoluta convicção da correção das minhas declarações. Se há algo errado, não é comigo. Que a Justiça apure todos os fatos", afirmou, via e-mail.

As autoridades portuguesas afirmam que um total de € 7.425.438,59 foram pagos por direitos de imagem de Scolari. Quase todo esse valor foi recebido pela empresa Chaterella Investors Limited e transferido para uma conta em Miami, no banco Credit Lionnays.

Uma quantia menor foi creditada à empresa Flamboyant Sports. Com sede na Holanda e escritório nas Bahamas, é detentora dos direitos de imagem de Scolari em contrato assinado com a Nike, sempre de acordo com a investigação portuguesa.

No pedido aos EUA, a Procuradoria-Geral da República de Portugal pediu ajuda para investigar quem são os depositantes e beneficiados "de fato" em uma série de transferências bancárias envolvendo essas empresas em contas nos Estados Unidos e no Brasil.

"Há razões para suspeitar [que os pagamentos feitos a Flamboyant e a Chaterella] são 'receitas' de Luiz Felipe Scolari pagas como 'direitos de imagem'", afirma o Diap.

A Folha entrou em contato por telefone com o Diap, que se negou a comentar o caso, alegando que tramita em sigilo de Justiça.

"Se esses fatos forem confirmados, a conduta de Luiz Filipe Scolari provavelmente corresponderá (...) a fraude fiscal e lavagem de dinheiro", afirma o documento. Somadas as penas, o técnico da seleção poderia ser condenado a até 17 anos de prisão.

PRECEDENTE

Não é a primeira vez que os vencimentos de Scolari são colocados sob suspeita em Portugal. Em 2011, o jornal "Correio da Manhã" afirmou que o Fisco do país lhe estava cobrando € 635 mil referente ao ano fiscal de 2008. No mesmo processo, o auxiliar Flávio Murtosa supostamente devia € 196,8 mil.

A publicação portuguesa afirmou que se tratava de pagamentos feitos pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a Scolari pela mesma empresa mencionada na investigação do Diap, a Chaterella, sediada em Londres. Pela legislação local, o técnico brasileiro não poderia ter sido remunerado em Portugal por meio de uma empresa no exterior.

Naquela época, Scolari, então treinador do Palmeiras, afirmou ao "Correio da Manhã" que os impostos referentes ao ano de 2008 haviam sido pagos no Reino Unido, seguindo instruções do Fisco daquele país.

Colaborou KATY SHERRIFF, de São Paulo.

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