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Empresa usada por Felipão só existe no papel

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Apontada como ponte de uma suposta sonegação de € 7 milhões (R$ 21,2 milhões) envolvendo o técnico Luiz Felipe Scolari, a Chaterella Investors Limited, sediada em Londres, existe só no papel para movimentar dinheiro.

As autoridades portuguesas mencionam a empresa como o principal destino dos direitos de imagem cedidos pelo treinador à Federação Portuguesa de Futebol e a dois bancos portugueses entre 2003 e 2008, quando ele dirigiu a seleção de Portugal.

A assessoria de Felipão não respondeu aos pedidos de entrevista. Contudo, no início desta semana, ele havia negado a existência de irregularidades.

A Folha obteve a íntegra dos registros empresariais dela no Reino Unido. A Chaterella foi montada em dezembro de 1999 pela Finman International Corporation, com sede no Panamá. Desde 2005, três uruguaios aparecem como diretores em Londres, mas com endereço em Montevidéu.

Desde sua criação, a empresa foi estabelecida em três endereços com as mesmas características: sala comercial usada por várias outras empresas apenas como registro formal, sem atividade "in loco".

A reportagem visitou o atual endereço: uma sala de 10 metros quadrados, onde há uma placa de outra empresa, a SOA Challenge. A Chaterella é desconhecida no local. No telefone, ninguém atende.

No mesmo endereço, há pelo menos mais 20 empresas registradas. Isso é legal no Reino Unido, mas desperta a atenção de outros países.

Daniel Marenco/Folhapress
O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari (esq.), em evento ao lado do presidente da CBF, José Maria Marin
O técnico Luiz Felipe Scolari (esq.) em evento ao lado do presidente da CBF, José Maria Marin

No caso da Chaterella, mais ainda, porque ela tem vínculo com uma suposta holding que leva o mesmo nome na Bahamas, um paraíso fiscal.

Procuradores portugueses suspeitam que Felipão lesou o fisco ao usar essa empresa.

O CASO

Segundo a investigação portuguesa, entre 2003 e 2008, a Chaterella assinou contratos garantindo à Federação Portuguesa e a dois bancos portugueses (BPN e CGD) o direito ao uso da imagem de Felipão por € 7,2 milhões. O treinador, dizem os autos, era o beneficiário direto dos recursos repassados à empresa de Londres.

Tanto Felipão quanto a Chaterella teriam acertado as contas em Miami (EUA), em transações pelo banco Credit Lionnays.

A Procuradoria-Geral de Portugal investiga quem foram os depositantes e beneficiados e pediu ajuda às autoridades dos EUA. Os procuradores suspeitam que Felipão possa ter praticado fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

Outros € 200 mil, não declarados, teriam sido pagos pela Nike à empresa Flamboyant Sports, com sede na Holanda, ainda como direitos de imagem a Felipão.

OUTRO LADO

A reportagem da Folha tentou desde quinta-feira (15) contato com a assessoria de Felipão por e-mail e telefone. Perguntas foram enviadas, mas não houve resposta.

No início da semana, ele comentou a investigação, afirmando que sempre declara os rendimentos.

"Eu fiz todas as minhas declarações de renda corretamente. Em todos os países em que trabalhei, sempre declarei os meus rendimentos. Tenho absoluta convicção da correção das minhas declarações. Se há algo errado, não é comigo. Que a Justiça apure os fatos."

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