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Rio de Janeiro

Excluídas da Copa, favelas do Rio mantêm viva a magia do futebol

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Lá no alto do Morro da Mangueira, no Rio, de onde se tem uma visão privilegiada do reformado Maracanã, Genival da Silva Batista, o Babau, apressa os preparativos para aumentar seu barraco.

Amigos reforçam a equipe que prepara a caixaria para bater mais uma laje pouco tempo antes da estreia do palco principal da Copa.

O estádio recebe os preparativos de seu entorno exigidos pela Fifa, como a passarela do estacionamento.

Já a obra de Babau não está pronta, mas ele acertou tudo com uma emissora de TV inglesa que vai fincar tripé ali e abusar dos clichês favela, samba e futebol no dia da grande final.

Dono de um boteco de vitrine refrigerada farta, é com esse aluguel que Babau pretende reforçar o orçamento familiar. O irmão que ajuda no bar está preocupado é com a reforma da quadra. Na Candelária, região da Mangueira onde moram, o campo de futebol passa por instalação da grama sintética.

Mas, ao contrário do ritmo afobado das obras da Copa, lá nada acontece. Junto com outras crianças, Cauã, sobrinho de Babau, improvisa, sobe em qualquer laje, pausa a pipa e brinca com a bola.

Em outro lado da cidade, no Complexo de favelas da Maré, a Copa é uma miragem que passa dentro dos ônibus que levam, pela Linha Vermelha, as seleções que chegam ao Galeão.

No campo do Pati, na favela Nova Holanda, há 13 anos o professor Serginho comanda a criançada na escolinha de futebol três vezes por semana, em dois turnos. Seu trabalho remunerado é à noite. Gaba-se de estar fazendo sua parte com as crianças, evitando assim que elas ali dentro se misturem ao tráfico do outro lado da tela.

Do lado de fora, duas motos com militares se aproximam. Em seguida, o som de foguetes ouvido não é comemorativo. Serginho reúne todos, recolhe os coletes. Todos vão para casa. Não vai ter mais futebol naquela sexta.

Assim como os aeroportos que não ficaram prontos, as favelas depois de pacificadas também esperam por outras melhorias. Não há saneamento, a luz ainda mia, a saúde padece, mas vai ter Copa.

É sexta-feira e a favela do Zinco, no Complexo São Carlos, já começa a festejar. Homens e mulheres se reúnem ao som de fundo de quintal e, entre goles de cerveja, deixam os filhos correrem soltos. É hora da diversão de todos. E é isso que esperam para logo mais, alegria num feriado em dia de jogo.

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