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O mexicano: "A hora da verdade"

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O Brasil 2014 representa muito mais que uma nova Copa do Mundo para a seleção mexicana. Trata-se de uma oportunidade de exorcizar todos os fantasmas e comprovar, de uma vez por todas, que a equipe tem nível suficiente para deixar de ser um simples participante.

Miguel Herrera formou uma seleção que tem a experiência de homens como Rafael Márquez, Francisco Javier Rodríguez, Andrés Guardado e Carlos Salcido, mas também a fome de bola e a juventude de meninos como Miguel Layún, José Juan Vázquez e Héctor Herrera.

A primeira oportunidade para que demonstrem esse apetite acontece na sexta-feira, diante de Camarões, partida que, nos cálculos da seleção mexicana, é preciso vencer. Depois virão Brasil e Croácia, adversários mais complicados, especialmente no caso do pentacampeão do mundo.

Os mexicanos estão trabalhando em Santos desde domingo (8/6) e só receberam demonstrações de afeto, da parte dos brasileiros. Mais de duas mil pessoas estiveram presentes para recepcionar os mexicanos, na noite de sábado. Os jogadores gostaram das boas-vindas, que incluíram uma demonstração de batucada e samba. Sentiram-se em casa.

É certo que boa parte da torcida que apareceu para recebê-los era formada de mexicanos radicados no Brasil ou que estão no país para a Copa, mas também havia muitos brasileiros.

A irmandade entre os dois povos é eterna, mas será deixada de lado em 17 de junho, quando as duas seleções se enfrentarão no estádio Castelão, em Fortaleza.

As instalações do "peixe" encantaram o selecionado mexicano, e o mesmo vale para a hospitalidade dos moradores de Santos, que deram incontáveis mostras de carinho aos jogadores mexicanos, especialmente Javier "Chicharito" Hernández, ao lado do capitão Rafa Márquez o nome mais conhecido da equipe.

Lastimavelmente para os fanáticos, o atacante do Manchester United não será titular na Copa, ao menos no começo. Os escolhidos são Oribe Peralta e Giovani dos Santos, para quem o certame será muito especial. Ele estará jogando na terra de seu pai, Geraldo Francisco dos Santos, o Zizinho, que defendeu o São Paulo entre 1978 e 1980.

Gio nasceu na Cidade do México e se sente muito orgulhoso de suas origens, mas também de suas raízes brasileiras. Talvez venha sendo o jogador da seleção mexicana que mais está aproveitando esses primeiros dias.

Para muitos, o período vem sendo marcado pela emoção e incerteza, já que a atual seleção mexicana tem poucos titulares indiscutíveis. Só Márquez, Moreno e Peralta podem assumir essa condição.

Os demais devem disputar um lugar ao sol, como aconteceu com os goleiros José de Jesus Corona e Guillermo Ochoa, que travaram a disputa mais ferrenha, e mais interessante para a mídia, no período que antecede o início da 20ª Copa do Mundo.

Os mexicanos conhecem muito bem o seu primeiro rival. Herrera é um homem que estuda obsessivamente os adversários, e por isso pediu muitos vídeos sobre Camarões. A cada tarde, dedica horas a estudar os "Leões Indomáveis", a quem precisa vencer se deseja ter chances reais de avançar para a próxima fase.

A seleção mexicana já acumula cinco Copas do Mundo consecutivas sem conseguir passar das oitavas de final. Foi eliminada pela Bulgária (nos Estados Unidos em 1994), pela Alemanha (na França em 1998), pelos Estados Unidos (Japão-Coreia do Sul em 2002), e pela Argentina (Alemanha em 2006 e África do Sul em 2010), mas antes de pensar em jogar contra Espanha, Holanda, Chile ou Austrália, é preciso conseguir a classificação em um grupo complicado e realizar um feito histórico, porque os mexicanos nunca faltaram a uma Copa na América do Sul mas tampouco conseguiram sair vivos da fase de grupos, na porção sul do continente americano.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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