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O francês: "O Brasil cantando"

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É uma seleção reconciliada com a sua população, esta que chegou no Brasil. Com a fé de sua inexperiência. E o talento dos jovens jogadores a se descobrir. Não, não há só o Benzema no time dos Bleus.

4-0 contra a Noruega. 1-1 contra o Paraguay. 8-0 contra a Jamaica. bons resultados, se assim quisermos ver. A França chega sem Ribéry no Mundial mas cheia de boas sensações. E não importa se eram, sem dúvida alguma, os avós dos jogadores jamaicanos que entraram em campo contra os Bleus na semana passada, no stadio de Lile efervescente. Estes Bleus nos deram prazer, alegria e uma sensação agradável de união

Esta equipe, desde a sua classificação suada na partida de volta das eliminatórias da Europa (0-2, 3-0) contra a Ucrânia no final de 2013, se reconciliou com a sua população. A vitória contra a Holanda (2-0) seguida desta série de partidas preparatórias vitoriosas recolocou a seleção francesa no centro da sociedade civil francesa.

Sim, depois dos « anos de vergonha » da cabeçada de Zinédine Zidane na final do Mundial de 2006 até as oscilações de Samir Nasri e também de outros jogadores durante a Euro 2012, passando pelo pior momento, a greve do ônibus em Knysna em 2010, os Bleus tinham perdido todos os créditos. Nós não amávamos mais a nossa seleção. E agora eles voltam a ser amados. É certo que a França chega na Copa longe de ser a favorita, inclusive considerada como uma outsider na disputa pela vaga na final. Nós não nos importamos... A França de Didier Deschamps está carregada de um sopro de vida, de vontade e de sorte. « a sorte se provoca » se diz na França.

Depois de ter tirado a Ucrânia ao invés de Portugal para o jogo das eliminatórias, os Bleus caíram em um grupo muito fácil no Mundial (Honduras, Suiça e Equador), com a possibilidade de, caso eles terminem a primeira fase em primeiro, enfrentarem a Bosnia ou a Nigéria nas oitavas, portanto de poder sonhar com uma quarta de final. Que poderia ser contra a Alemanha. Mas isso é uma outra história...geralmente dolorosa para a França. Nenhum francês esqueceu a terrível derrota na semi final do Mundial em 1982 (3-3 e eliminação nos penaltis). A França sempre preferiu enfrentar o Brasil do que a Alemanha em todas as Copas do mundo. Nós nos tornamos até os carrascos do Brasil, do mesmo jeito que a Alemanha é a nossa carrasca.

Mas o momento das grandes revanches ainda está distante. Esta seleção está saboreando diariamente o prazer de ser amada na França e recebida com amor no Brasil. Ribeirão Preto quase já se tornou uma circunscrição francesa. Para estes Bleus tudo é novo. Só quatro deles estavam em Knysna 2010 (Lloris, Evra, Sagna e Valbuena). Um só agitador (Evra) e três "seguidores". Os novos Bleus chegam com a necessidade de mostrar e provar não só como coletivo, mas também individualmente. Somente Karim Benzema pode ser considerado como celebridade. Ele foi o jogador mais aplaudido da seleção na sua chegada no Brasil. Mas os amigos brasileiros não dão muita atenção para Karim. Obrigada por isso desde já.

A sorte dos Bleus passará pela sua capacidade de se misturar como um grupo saudável, onde os egos inflados não tem lugar. A partida de Ribery vai sem dúvida obrigar Benzema a evoluir o ataque pelo lado esquerdo. O que ele não gosta muito. Benzema vai precisar renunciar ao posto de centro avante para Olivier Giroud (Arsenal) e a participar mais da defesa. Que seja já contra Honduras ou mais tarde na competição. A sobrevivência dos Bleus vai depender disso e da harmonia entre os jogadores. Então, sejamos legais, vamos aplaudir o promissor Antoine Griezmann (Real Sociedad) formado no futebol espanhol. Entusiasmem-se com a potência do Paul Pogba ou a elegancia natural de Rafael Varane. Esta seleção está cheia de jóias. O diamante bruto que é Benzema está iluminado o suficiente. Não é preciso poli-lo um pouco mais, sobre o risco de perdê-lo...

Tradução de GIOVANNA SALERNO

Editoria de Arte/Folhapress
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