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O norte-americano: "A chance de sobreviver é derrotar Gana"

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Garantir três pontos contra a talentosa equipe africana em sua estreia no torneio, segunda-feira (16/6) em Natal, dará aos norte-americanos alguma chance de sair inteiros do Grupo G e chegar às oitavas.

O grupo dos Estados Unidos foi chamado com razão de "Grupo da Morte", com adversários como Portugal (22/6, em Manaus), de Cristiano de Ronaldo, encarado por muita gente como o melhor jogador do planeta, e Alemanha (26/6, em Recife), considerada a melhor seleção da Europa e em segundo lugar do ranking da Fifa.

Um empate provavelmente não servirá, porque conquistar quatro pontos contra as duas seleções europeias seria praticamente impossível para os Estados Unidos, e para muitas outras das demais 31 seleções.

Uma derrota provavelmente significaria uma sentença de morte.

Gana se tornou a nêmese dos Estados Unidos em Copas do Mundo, tendo ajudado a eliminá-los das duas últimas edições do torneio.

Em Nuremberg, Alemanha, em 2006, os africanos derrotaram os Estados Unidos por dois a um, com o gol da vitória saindo de um pênalti controverso (quando um pênalti não causa disputas?) nos descontos do primeiro tempo, na partida final da fase de grupos.

Em Rustenburg, África do Sul, em 2010, os ganeses mais uma vez venceram os Estados Unidos pelo mesmo placar, dessa vez na prorrogação de uma partida de oitavas de final.

Talvez o terceiro encontro venha para virar a sorte dos norte-americanos.

Equipe veloz e forte fisicamente, Gana pode bem ser a melhor das seleções africanas, com muitos jogadores que atuam na Europa e jogaram a Champions League.

Do outro lado, os Estados Unidos contam com dez jogadores que atuam no campeonato nacional da Major League Soccer, que jamais poderá ser confundida com La Liga espanhola, com a Série A italiana ou com a Premier League inglesa. Os demais entre os 23 convocados jogam na Europa ou México.

Para o futuro, depois da partida contra Gana, o treinador Jurgen Klinsmann tem muitas perguntas a responder.

Será que uma seleção com apenas cinco jogadores com experiência em Copas do Mundo será capaz de uma ou duas surpresas?

Uma zaga central sem nenhuma experiência em Mundiais conseguirá se segurar diante de momentos que certamente devem ser difíceis, especialmente contra Portugal e Alemanha?

O atacante Jozy Altidore, que passou por uma longa seca de gols por seu time e pela seleção até marcar duas vezes na vitória por dois a zero em um amistoso preparatório contra a Nigéria, será capaz de marcar na hora em que um gol realmente valer?

E como os Estados Unidos se sairão sem seu melhor jogador, Landon Donovan, cuja exclusão por Klinsmann criou grandes manchetes nos Estados Unidos?

E esse é apenas um resumo da lista de dúvidas sobre os Estados Unidos.

Por outro lado, há alguns pontos positivos.

Klinsmann tem experiência na Copa como treinador e jogador, e era parte da seleção alemã ocidental que conquistou a Copa do Mundo de 1990, na Itália. Também jogou em mais duas Copas e, como treinador, ajudou a levar a Alemanha ao terceiro lugar quando o país sediou a Copa de 2006. Ele sabe o que esperar, porque já esteve lá e já enfrentou a pressão. Sabe o quanto o torneio pode ser desgastante e intenso, física e mentalmente, e preparou sua equipe para tanto. Assim, ele com certeza tem uma carta ou duas na manga.

O meio-campista Michael Bradley, filho de Bob Bradley, que treinou os Estados Unidos na África do Sul em 2010, é o melhor jogador do time. Tem 26 anos e está na sua melhor forma. Deve ser o jogador chave da seleção norte-americana tanto no ataque quanto na defesa, mas especialmente nas ações ofensivas.

Tim Howard, 35, considerado por Klinsmann como um dos melhores goleiros do mundo, é confiável e raramente erra feio. Mas para que os Estados Unidos consigam uma ou duas surpresas, o veterano precisará providenciar um milagre ou dois para salvar o time quando o resultado do jogo estiver em questão.

O que isso tudo significa é que os Estados Unidos precisam jogar tudo contra Gana, se querem ter a menor chance de seguir na competição. Não podem arcar com muitos erros. A margem de erro com que a equipe conta é ínfima. Nesse nível de competição, a punição por isso seria dura e impiedosa.

E no caso dos Estados Unidos, poderia significar uma equipe à beira da eliminação caso não consiga vencer Gana.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Michael Lewis está cobrindo a Copa para o "Newsday" e edita o site bigapplesoccer.com. Está no Brasil para o seu oitavo Mundial

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