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O japonês: "Japão acredita no ataque, mesmo que corra riscos"

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Um ano atrás, na Copa das Confederações, o Japão adquiriu imensa confiança por conta de sua partida contra a Itália em Recife, na qual jogou melhor que os tetracampeões mundiais apesar de sair derrotado por quatro a três.

Mas no sábado (14/6), no retorno à Arena Pernambuco, o Japão teve sua confiança abalada pela Costa do Marfim, fazendo uma de suas piores —se não a pior— partidas desde que Alberto Zaccheroni assumiu como treinador da equipe em agosto de 2010. Os campeões da Ásia saíram derrotados por dois a um.

Era perfeitamente possível, claro, que o Japão sucumbisse diante dos marfinenses, que derrotaram a seleção então comandada por Takeshi Okada em um amistoso anterior à Copa do Mundo, quatro anos atrás. Mas as pessoas que acompanham a equipe de Zaccheroni sentiam que, mesmo que o time saísse derrotado, perderia lutando, e não com o desânimo que exibiu em campo no final de semana.

Keisuke Honda abriu o placar com um belo chute logo depois dos 15 minutos do primeiro tempo, o que aparentemente colocava o Japão no caminho do desempenho esperado para a equipe. Mas as coisas degringolaram dali por diante, e quando Didier Drogba entrou na equipe adversária na metade do segundo tempo, o Japão perdeu completamente o controle da partida.

Os homens de Zaccheroni não foram derrotados apenas pelo número de gols, mas também em espírito.

"É mais do que o fato de termos perdido", disse Honda, que agora acumula três gols em Copas do Mundo. "Perdemos porque não conseguimos fazer o que planejávamos, e isso foi chocante. Não conseguimos manter a posse de bola, e por longos períodos não conseguimos construir jogadas. Não conseguimos manter nosso estilo de jogo", completou.

"Nós os respeitamos demais. Marcamos o gol cedo, mas depois nos desarranjamos porque só quisemos manter a vantagem", ele disse.

A seleção japonesa teve um mês de preparação em ambientes cinco estrelas, antes de estrear na Copa do Mundo. Durante o período de treinamento no Japão, eles realizavam duas sessões diárias de condicionamento físico e chegaram confiantes em que conseguiriam correr mais que os oponentes, no Brasil.

Mas os resultados do tempo, esforço e dinheiro dedicados aos 23 jogadores de Zaccheroni não estavam visíveis em lugar algum no sábado. Na porção final do jogo, eles apelaram aos passes longos, uma tática que o antigo comandante do Milan mal utilizou durante seu período à frente do Japão e para a qual ele não conta com o pessoal certo. Como disse o reserva Yoshito Okubo, "houve pânico" em campo.

Em forte contraste com Honda, que uma vez mais demonstrou ser capaz de render o esperado, Shinji Kagawa, do Manchester United, se saiu notavelmente mal na sua estreia em Copa do Mundo. O ex-jogador do Borussia Dortmund não conseguiu atacar nem defender, e não deu à equipe o talento de que esta necessitava no segundo tempo. A linguagem corporal de Kagawa depois do jogo revelava muito sobre o desempenho medíocre que ele apresentou.

"De muitas maneiras, e especialmente no ataque, não conseguimos realizar aquilo em que viemos trabalhando e fazendo pelos últimos quatro anos", ele disse. "Isso me fez ficar pensando sobre o que estamos fazendo aqui, e isso machuca".

Com a Colômbia aguardando os japoneses em Cuiabá para sua partida final da fase de grupos, o Japão terá de vencer a Grécia na quinta-feira (19/6) para manter vivas as esperanças de avançar para a próxima fase. O mesmo vale para a Grécia. Já que não tem o tempo a seu favor, tudo que o Japão pode —e deve— fazer é voltar ao básico.

"Se acreditarmos absolutamente na nossa filosofia de continuar agredindo o adversário mesmo que cedamos um gol", estou confiante que poderemos sair dessa difícil situação", disse Honda.

Shintaro Kano é jornalista da agência japonesa de notícias Kyodo News. A Copa-2014 é a sua quarta

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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