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O francês: "A França se vê indo longe"

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Desde o sorteio, o caminho dos "Bleus" se mostrou como um passeio de férias até as quartas de final.

Quando se vê a densidade de alguns grupos da Copa do Mundo, percebe-se que a França deu uma sorte tremenda com Honduras, Suíça e Equador no Grupo E.

Espera-se, então, que a seleção da França termine em primeiro do seu grupo para que evite a Argentina nas oitavas de final. O adversário seria então a Bósnia ou ainda a Nigéria ou o Irã. Times bem mais "acessíveis". Mas para isso vai ser preciso derrotar a Suíça.

Os suíços fazem o mesmo cálculo. Eles caíram em um bom grupo e a perspectiva de chegar nas oitavas de final contra um equipe não tão forte também é vislumbrada por eles.

Julien Pralong, um colega suíço de Genebra que está em Ribeirão Preto desde o início da Copa do Mundo, explica o ressentimento dos suíços em relação aos vizinhos franceses. "Nós adoramos ver vocês perderem. Durante a Copa do Mundo de 2006, eram vendidas na Suíça camisetas onde se liam mensagens como "Nós queremos ver duas equipes vencer. A Suíça e aquela que vencerá a França" ou "Vocês são evidentemente os favoritos deste grupo mas nós nunca diremos isso publicamente".

Os "Bleus" estão vivendo tranquilamente em Ribeirão Preto. Didier Deschamps domina maravilhosamente bem a arte da comunicação. Ele também falou de Benzema com lucidez para manter uma pressão invisível sobre o artilheiro francês no jogo de Porto Alegre.

Benzema é o jogador estrela da seleção francesa, mas não o líder do grupo. Este título continua com Patrice Evra, capitão destituído depois de 2010 e a vergonha da greve do ônibus em Knysna. Mas Evra soube reconquistar a confiança dos seus e voltou a ser o homem forte do vestiário.

Deschamps também não hesitou em lembrar que há dois anos Benzema havia passado por momentos delicados. Ineficácia de gols e nem sempre muito sorridente na equipe francesa. Somou 1.222 minutos sem fazer gol: 14 meses de ineficácia na seleção. Vaiado pela torcida francesa. Os dois conversaram. Muitas vezes. Um trabalho psicológico necessário para enquadrar no esquema um jogador às vezes difícil de controlar.

Sem Ribéry, com quem Benzema tem, dentro e fora de campo, uma relação muito próxima e capaz de desequilibrar um jogo, o atacante terá que se aproximar do jovem Antoine Griezmann, que tomou justamente o lugar de Ribéry na esquerda do ataque dos "Bleus".

Deschamps se lembra de ter decidido tirar Benzema dos titulares depois de um jogo decepcionante contra a Geórgia em setembro de 2013. Escolha técnica ou punição? "Um pouco dos dois", confessa o técnico. Um pouco para não superproteger um jogador e não deixar seu ego inflar (Benzema é adulado no Brasil). Hoje, ele tem 8 gols em 7 jogos com os "Bleus".

Vista da França, esta seleção se beneficia de uma onda de amor incrível. Quase 17 milhões de franceses (a população é de 65 milhões de habitantes) estavam em frente da televisão para ver a partida França x Honduras. Um ótimo número para um jogo de abertura. A ausência de jogadores problemáticos como Nasri reconciliou o público com a sua seleção.

Falta derrotar a Suíça em uma partida que poderá ser trancada e não corresponder ao que temos visto desde o início do Mundial. A Suíça vai esperar os franceses e jogar por resultados. Uma partida bem europeia, que poderá ser jogada na retranca ou ainda terminar empatada. O que obrigaria as duas seleções a, além de ganhar no último jogo, marcar mais gols para ter saldo e terminar em primeiro. Pois sinceramente, quer seja suíço ou francês, todos temos medo da Argentina de Leo Messi.

Tradução GIOVANNA SALERNO

Editoria de Arte/Folhapress
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