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O norte-americano: "Um jogo basta para que uma seleção ganhe confiança"

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É incrível que diferença uma partida de Copa do Mundo pode fazer para a confiança de uma seleção.

Os Estados Unidos começaram a primeira partida do Grupo G, em 16 de junho, tentando quebrar uma série de duas derrotas para Gana em Copas.

E conseguiram o feito de maneira dramática, com John Brooks, que havia vindo do banco de reserva no segundo tempo, marcando o gol da vitória aos 39 minutos daquele período.

Agora o adversário é Portugal, o quarto colocado do grupo, com o grande Cristiano Ronaldo, que vem se recuperando de uma lesão no joelho. O estado de saúde de Ronaldo talvez seja um dos segredos mais bem guardados da Copa. Sim, ele saiu mancando do treino outro dia, e recebeu uma compressa no joelho; depois, surgiram boatos de que o atacante estaria fora da Copa do Mundo.

Os Estados Unidos não estão acreditando nem um pouco nisso. Para os norte-americanos, nada mudou e eles estão se preparando para o jogo como se Ronaldo estivesse escalado entre os titulares de Portugal —até prova em contrário.

Além de Ronaldo, as coisas não vêm correndo bem para Portugal desde o pontapé inicial da partida contra a Alemanha, na qual foram massacrados por quatro a zero no primeiro jogo do grupo. Além disso, perderam o zagueiro Pepe, expulso e consequentemente suspenso, e o lateral Fábio Coentrão, por conta de uma lesão que o tirou da Copa.

Há intrigas também do lado dos Estados Unidos, ainda que elas não pareçam muito importantes se comparadas à situação de Cristiano Ronaldo.

De um lado, há questões sobre o que o treinador Jurgen Klinsmann fará para substituir o atacante Jozy Altidore, que está de fora por prazo indefinido depois de uma lesão nos ligamentos do joelho esquerdo que ele sofreu na partida contra Gana.

O treinador tem basicamente três opções:

1) pode escalar Aron Johannsson e Clint Dempsey no ataque. Johannsson substituiu Altidore quando este se lesionou aos 18 minutos do primeiro tempo na vitória de dois a um contra a Gana, e não teve grande impacto no jogo, ainda que possa ser a melhor escolha;

2) pode escalar Chris Wondolowski ao lado de Dempsey. Wondolowski, um dos principais atacantes da Major League Soccer, a primeira divisão do futebol profissional dos Estados Unidos, serviria melhor ao time vindo do banco no final da partida para aproveitar os contra-ataques. Parece muito improvável que ele entre como titular;

3) mudar a formação da equipe. Em lugar de usar quatro meio-campistas e um atacante, os Estados Unidos jogariam com cinco homens no meio de campo e Dempsey sozinho no ataque, o que poderia servir para congestionar o meio de campo contra Portugal.

É claro que Klinsmann e a comissão técnica norte-americana estão mantendo o segredo. Qualquer mudança de esquema ou de escalação só será conhecida uma hora antes do pontapé inicial, domingo (22/6) em Manaus.

Dempsey deve jogar com uma proteção no rosto por conta do nariz quebrado que herdou do jogo contra Gana. O atacante do Seattle Sounders é um guerreiro. Mantê-lo fora da equipe para que se recupere da lesão seria muito difícil.

Por coincidência, Johannsson e Wondolowski estiveram entre os três jogadores norte-americanos que falaram em uma entrevista coletiva no centro de treinamento do São Paulo, na sexta-feira (19/6). Determinar se eles foram selecionados para confundir os portugueses ou se estavam lá por acaso é algo que só poderá ser feito no momento do jogo.

A intriga que surge fora de campo durante a Copa do Mundo realmente prende as atenções, e cada pequena lesão é encarada como se fosse um grande segredo de Estado. Ninguém quer conferir uma vantagem aos adversários.

Se os Estados Unidos conseguirem vencer, seria um acontecimento histórico da escala das gerações, e não de simples anos ou décadas. A seleção dos Estados Unidos só registrou duas vitórias em uma fase de grupos da Copa do Mundo uma vez, e isso foi em 1930, no Uruguai, o primeiro Mundial.

Aconteceu 84 anos atrás. Meu pai tinha seis anos e minha mãe bem tinha nascido. Ou seja, faz muito tempo. Muito, muito tempo.

A diferença nessa seleção norte-americana é que ela está confiante em que pode conseguir um bom resultado no domingo.

Uma vitória dos Estados Unidos e uma vitória da Alemanha sobre Gana conduziriam os norte-americanos à segunda fase.

Um empatem não seria tão bom, mas ajudaria os Estados Unidos em sua busca de uma vaga nas oitavas de final, deixando tudo para ser decidido na terceira partida da fase de grupos, contra a Alemanha, em Recife, no dia 26 de junho.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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